Justiça mantém preso jovem do PCC que decapitou membro de facção rival
Gabriel Rondon da Silva, 19 anos, foi preso na sexta-feira (9) e confessou o crime rindo
A Justiça decidiu que Gabriel Rondon da Silva, 19 anos, continuará preso na Capital. Ele é o principal suspeito de comandar o sequestro seguido de decapitação de John Hudson dos Santos Marques, 27 anos, em acerto de contas entre PCC e Comando Vermelho.
A decisão foi tomada pelo juiz Alexandre Branco Pucci nesta segunda-feira (12) em audiência de custódia no fórum de Campo Grande. Devido a periculosidade, Gabriel não ficou com os demais presos que passaram pela audiência nesta manhã.
O suspeito entrou na audiência e após ter a prisão convertida para preventiva foi levado imediatamente de volta para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.
Gabriel foi preso na noite de sexta-feira (9) no bairro Aero Rancho. Ele estava com um mandado de prisão em aberto e acabou confessando o assassinato.
Segundo o delegado que atendeu o caso, Cleverson Alves dos Santos, Gabriel deu detalhes do crime rindo, sem demonstrar qualquer arrependimento.
Decapitado - Jhon foi visto pela última vez à 0h30 do dia 14 de fevereiro quando saiu para fumar um cigarro em frente de casa. Desde então, amigos e familiares se mobilizaram nas redes sociais a procura de notícias sobre o paradeiro do rapaz.
Durante as buscas, uma foto que mostra o corpo de John decapitado foi enviada a família e o caso passou a ser investigado pela a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).
O crime teria ocorrido porque a vítima pertencia ao Comando Vermelho, facção rival ao PCC, do qual o suspeito e seu grupo fazem parte.
Gabriel foi encontrado na Rua Gruta Manique em frente de uma casa que usa para se esconder. Dentro do imóvel, foi encontrada uma sacola com várias porções de maconha e cocaína, que seriam vendidas na região.
O jovem também revelou o local onde havia deixado a arma usada para matar Jhon, um revólver calibre 38, que foi apreendido. O objeto estava em uma residência que também pertencia ao suspeito no bairro Mário Covas, onde mais porções de entorpecentes foram encontradas junto com três balanças de precisão, cinco celulares e uma faca.
O rapaz confessou que trabalhava para um homem conhecido como Edinho, que também teve envolvimento no assassinato.
Gabriel contou ainda com a ajuda de Wellington Felipe dos Santos Silva, Leandro Caio dos Santos Costa e um homem identificado apenas pelo apelido de Coringa para sequestrar a vítima e levá-la ao local onde foi mantida em cárcere até ser transportada para uma área no bairro Indubrasil onde foi morta.
Também participaram do crime Maycon Ferreira dos Santos, Igor Antonio Santos Lima e Renata Palmeira dos Santos.