Justiça mantém prisão de dupla que matou haitiano espancado
Vítima foi morta por grupo de 10 homens, mas somente dois acabaram presos
Após serem presos por espancar e matar o haitiano Mardochée Borgelin, de 35 anos, na noite de quarta-feira (8), Sidnei Gonçalves da Silva, de 31 anos, e Pablo de Souza Klipel, de 30, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia. O crime aconteceu em frente à Ceasa, no bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande.
RESUMO
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Na noite de 8 de novembro, Mardochée Borgelin, um haitiano de 35 anos, foi espancado até a morte por um grupo de 6 a 10 homens em Campo Grande. Após a prisão de Sidnei Gonçalves da Silva e Pablo de Souza Klipel, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva devido à gravidade do crime. Testemunhas relataram que Borgelin estava agressivo e se envolveu em conflitos antes de ser atacado em sua vila. A polícia encontrou a vítima com fraturas severas, e a morte foi constatada no local. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no homicídio.
De acordo com juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior, ficou entendido se tratar de homicídio qualificado com extrema gravidade e violência contra a vítima.
“Entendo necessária a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, à luz do artigo 312, do CPP, imprescindível no caso ora em análise para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal, bem como o perigo gerado pelo estado de liberdade do(s) imputado(s)”, escreveu.
Dessa forma, a dupla deve ser transferida para um presídio da Capital, onde ficarão à disposição da Justiça. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Priscila Anuda, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, até o momento não houveram mais prisões e as investigações continuam para identificar e localizar os outros envolvidos no homicídio.
Em consulta ao sistema policial, Sidnei responde por duas passagens envolvendo violência doméstica. Já Pablo possui registros por tráfico de drogas desde 2012.
O crime - Testemunhas contaram que o haitiano estava transtornado durante todo o dia de quarta-feira (8), "apresentando agressividade com os vizinhos". Além disso, durante a manhã causou importunação na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) e seguranças precisaram colocá-lo para fora do local.
Já durante a tarde, segundo as testemunhas que conversaram com a polícia, Borgelin se envolveu em confusão com clientes de um bar que fica na esquina da Ceasa. Ele chegou a ser agredido por alguns homens e a Polícia Militar foi acionada. Na ocasião, o haitiano não soube informar quem foi e não tinha interesse em representar criminalmente.
Os militares, então, o instruíram a não voltar ao bar e não perturbar mais os vizinhos. Na sequência, assim que os policiais deixaram o local, grupo entre 6 e 10 homens invadiu a vila de casas onde Borgelin morava, na Rua Antônio Rahe, Bairro Mata do Jacinto, e passaram a espancá-lo com barra de ferro, pedaços de madeira e pedras.
A polícia foi chamada novamente e, quando retornou pela segunda vez, encontrou a vítima na frente da vila de casas, com fraturas severas na cabeça e afundamento no rosto. Não houve tempo de socorro e a morte foi constatada no local.
Dos suspeitos da agressão, dois foram encontrados na região com sangue nas roupas. Eles se chamam Pablo e Sidney, sem sobrenomes divulgados pela polícia. Apesar de negarem envolvimento no crime, foram reconhecidos por testemunhas, e acabaram presos. Outros envolvidos são procurados.
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