Morto a pauladas já foi preso por esfaquear outro haitiano

Foi identificado como Mardochée Borgelin, de 35 anos, o rapaz morto durante o início da noite de quarta-feira (8), em frente a uma casa localizada na Rua Antônio Rahe, Bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande. A vítima, que residia nas proximidades, foi espancada por um grupo de homens que usaram barras de ferro, pedaços de madeira e pedras na agressão.

Borgelin, segundo o sistema de livre acesso da Justiça sul-mato-grossense, já foi preso por um crime similar ocorrido em junho de 2023, no município de Corumbá. Conforme apurado pela reportagem, ele esfaqueou outro imigrante haitiano após consumir bebida alcoólica em frente a uma vila de quitinetes.

Na época dos fatos, a vítima teria pegado um facão e tentado golpear Borgelin, que conseguiu desviar e entrar em luta corporal com ele. Mardochée então tomou o facão do homem e desferiu vários golpes contra ele, fugindo em seguida para dentro da vila.

Equipe da Força Tática da Polícia Militar foi acionada e localizou Borgelin escondido em um corredor da vila, ainda com o facão nas mãos. Já na delegacia, Mardochée confessou o crime e disse que a vítima fazia parte de uma gangue que cobra tributos ilegais de outros imigrantes na região, sob ameaça de morte. O caso foi registrado como homicídio simples na forma tentada e o haitiano respondia em liberdade.

Já na noite de hoje, uma discussão em bar resultou na morte de Borgelin. A dinâmica, no entanto, é investigada pela Polícia Civil. Conforme a PM (Polícia Militar), uma guarnição do 9º Batalhão foi acionada por volta das 15h, após relatos de briga entre frequentadores de um bar. Horas depois, segundo chamado noticiou a morte nas redondezas da primeira ligação. Quando as viaturas chegaram, a vítima já estava caída em frente a calçada.

Cinco pessoas estão sendo investigadas como suspeitas de envolvimento no crime. Três homens, com idades de 30, 31 e 60 anos, foram levados à delegacia para esclarecimentos. Dois outros indivíduos, cujas identidades ainda não foram reveladas à imprensa, seguem foragidos. O caso é registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.

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