Justiça triplica segurança por conta de audiência sobre morte de Brunão
O saguão que leva à 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande, tem na tarde de hoje reforço de 4 policiais. Normalmente, apenas um fica no local, mas o juiz Aluisio Pereira dos Santos solicitou maior efetivo por conta da repercussão do assassinato do segurança Jefferson Bruno Escobar, o Brunão, e assim “evitar tumulto”.
O número de testemunhas de acusação, 17, é outro ponto que chama atenção na primeira audiência com o acusado de ser o autor do crime, o bacharel em Direito Christiano Luna.
O processo envolve dois crimes, o homicídio doloso e injúria qualificada. O rapaz teria chamado um garço de "negro vagabundo".
A família, que faz protesto com cartazes na entrada do Fórum, não pode entrar de camiseta que trazem a foto de Brunão na sala de audiências, uma regra para evitar atritos entre as partes.
O pai, primeiro reclamou de ser barrado, mas depois, segundo a mãe do segurança morto, Edcelma Gonçalves, preferiu não assistir aos depoimentos, principalmente, para não ficar frente a frente com Christiano.
Edcelma acompanha tudo, e diz que a primeira vez fica perto do assassino do filho. O quem mais saltou aos olhos, diz ela é o fato de Christiano ser bem mais baixo que Brunão, “e mesmo assim ter matado meu filho, dá vontade de chorar”, comenta.
A mãe contou que por algumas vezes perguntou se no local eram constantes as brigas, “Mas ele sempre dizia que ali era tranqüilo, ao contrário de lugares como a exposição”.
Nas primeiras horas desta tarde, desde às 13h30, cinco testemunhas já foram ouvidas.