Família de segurança morto promete protestos para que crime não seja esquecido
Parentes e amigos fizeram panfletagem na Praça Ary Coelho
Familiares e amigos do segurança Jefferson Bruno Escobar, 23 anos, fizeram esta manhã uma manifestação com objetivo de evitar que a morte do jovem caia no esquecimento.
Eles vestiram camisetas com a foto de Brunão, como era conhecido, e foram à Praça Ary Coelho entregar panfletos para lembrar o crime que chocou, não só as pessoas que eram próximas do segurança.
Brunão trabalhava como segurança da casa noturna, localizada na Avenida Afonso Pena, desde a inauguração, ocorrida três meses antes do crime, 19 de março.
Depois de colocar para fora do estabelecimento o cliente Cristhiano Luna de Almeida, 23 anos, houve uma briga o segurança morreu em decorrência a luta.
Cristhiano é formado em Direito e lutador de jiu jtsu. Ele acabou preso na madrugada do crime, quando já estava em casa, no Bairro Chácara Cachoeira, área nobre da cidade.
Sensibilizados - Mesmo quem não conhecia a família do segurança se sensibilizou com a manifestação desta manhã.
A camareira Nazaré Ferreira, 37 anos, passava pela praça e pegou um dos panfletos, que trazia a frase: “o esquecimento é o adubo que nutre a impunidade”.
Ela aprovou a atitude da família. “É ótimo para conscientizar as pessoas para não cair no esquecimento”, destaca.
A dona-de-casa Ivonete Andrade, 46 anos, acompanhou pela imprensa o caso e hoje viu a manifestação na praça.
“O que aconteceu com o Brunão, se a família deixar, daqui a pouco acontece com outros”, diz.
A mãe de Brunão, Edicelma Gomes Vieira, 40 anos, afirma ter pena do Cristhiano.
O pai da vítima, João Márcio Escobar, 46 anos, tem o mesmo sentimento em relação ao lutador.
Ele explica que a manifestação tem objetivo de relembrar a sociedade sobre o caso.
Segundo João Márcio, a família prepara ações públicas mensais, sempre no dia 19. Em abril completa o primeiro mês da morte do segurança e, para a data, a família prepara uma grande manifestação.
O pai do rapaz também tenta criar uma fundação voltada ao atendimento de famílias de vítimas da violência.
Ele esclarece que algumas pessoas não têm condição financeira para ter assistência jurídica nestes casos e, por este motivo, tenta apoio de advogados para o serviço.
Churrasco - Brunão era um dos sócios-fundadores da torcida Falange Vermelha, torcida do Comercial. Os torcedores preparam um churrasco e a renda será destinada para construção de uma capela no cemitério Santo Amaro, local onde o segurança foi enterrado.
O churrasco será amanhã, a partir das 11 horas, na Rua da Pátria, 2550, no Bairro Caiçara, em Campo Grande. É preciso levar pratos e talheres.
Convites custam R$ 10,00 e poderão ser comprados na hora. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (67) 9243-4765 e (67) 9977-5003.