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Capital

TJ manda soltar Christiano Luna, acusado de matar o segurança Brunão

Marta Ferreira | 02/05/2011 15:13
Christiano sai da delegacia com o rosto escondido após depoimento. (Foto: João Garrigó)
Christiano sai da delegacia com o rosto escondido após depoimento. (Foto: João Garrigó)

A Justiça mandou soltar, nesta tarde, o bacharel em Direito Christiano Luna de Almeida, de 23 anos, preso há 40 dias, acusado de matar o segurança Jeferson Bruno Gomes Escobar, conhecido como Brunão, durante uma confusão ocorrida em uma casa noturna na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, no dia 19 de março.

A decisão foi dada pela 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça, ao julgar o pedido de habeas corpus, que havia sido negado pelo juiz de primeiro grau e na apreciação da liminar pelo TJ.

O alvará de soltura de Christiano já foi expedido. Os advogados que o defendem, Ricardo Trad, Assaf Trad Neto e Ralph Cunha Nogueira, tiveram aceito o argumento de que a manutenção de Christiano não tinha motivos.

Durante a sustentação oral na sessão que julgou o habeas corpus, o advogado Ricardo Trad voltou a rechaçar a tese da acusação de homicídio doloso.

Para o advogado, o que aconteceu foi uma rixa qualificada, como são tipificadas criminalmente brigas com agressões mútuas.

De acordo com o defensor, a perícia no vídeo feito durante a confusão mostrou que houve uma luta corporal entre Christiano e três seguranças da casa noturna, incluindo Jefferson Bruno, conhecido como Brunão.

Outra contestação feita pela defesa é em relação à versão de que Christiano, praticante de jiu-jitsu, teria usado golpes da arte marcial contra Jefferson Bruno. Para isso, Ricardo Trad cita o depoimento de um integrante da Federação de Artes Marciais. "O depoimento à Polícia aponta que Christiano se defendia a esmo. Isso não pode ser visto como golpe de arte marcial".

Acusação questionada- Para ele, não faz sentido a acusação de homicídio doloso qualificado, que consta da acusação feita pelo Ministério Público Estadual. “Motivo torpe é queimar um índio vivo, como já aconteceu no País”, comparou.

O advogado afirma que seu cliente vem sendo massacrado pela opinião pública e que está havendo prejulgamento,principalmente por parte da imprensa.

Trad afirmou que após o julgamento no TJ, ele e os outros advogados, um deles seu filho,chegaram a ouvir ofensas de familiares de Brunão. “Depois, pediram desculpa e o clima serenou.

Mesmo assim, o advogado diz que vai pedir “cautelas”, ou seja, segurança, na saída de Christiano do Presídio de Trânsito, onde está desde o dia da confusão que resultou na morte do segurança.

Na sexta-feira, o Campo Grande News informou erradamente que O TJ havia negado o pedido de liberdade para Christiano. A n otícia já foi corrigido.

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