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Capital

Ao saber de habeas corpus, pai de segurança vai a cemitério desolado

Angela Kempfer | 02/05/2011 16:31
Pai de Brunão durante protesto no dia 21 de março, por justiça.
Pai de Brunão durante protesto no dia 21 de março, por justiça.

Chorando muito, o pai do segurança Jefferson Bruno Gomes Escobar diz estar revoltado com a decisão da Justiça de libertar o bacharel em Direito Christiano Luna, acusado de matar o jovem de 23 anos no dia 19 de março, com golpes de jiu-jitsu.

Ao saber da concessão do habeas corpus, na tarde de hoje, João Escobar conta que foi até o cemitério onde foi sepultado o filho, para “pedir perdão”. “Eu prometi para ele que não ia deixar isso acontecer, que eu ia conseguir que justiça fosse feita”, justifica.

Sobre o tumulo de Brunão, como o jovem estudante de Direito era conhecido, o pai lamenta a forma como funciona o poder Judiciário. “Como soltam um cara dessas, um louco que pode matar durante uma briga”, protesta.

João Escobar diz que “não vai desistir” de lutar pela condenação de Christiano, que deve deixar o presídio de trânsito até o final da tarde.

“Nem vou até lá para não fazer uma besteira contra esse desgraçado”, desabafa o pai de Brunão.

Christiano ficou preso durante 40 diase tentou por outras duas vezes conseguir a liberdade.

A decisão foi dada pela 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça, ao julgar o pedido de habeas corpus, que havia sido negado pelo juiz de primeiro grau e na apreciação da liminar pelo TJ.

O alvará de soltura de Christiano já foi expedido. Os advogados que o defendem, Ricardo Trad, Assaf Trad Neto e Ralph Cunha Nogueira, tiveram aceito o argumento de que a manutenção na penitenciária de Christiano não tinha motivos.

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