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Capital

Levantamento da Prefeitura põe apenas 30% da Cidade de Deus em novo loteamento

Michel Faustino | 01/12/2014 20:27
Levantamento apontou que apenas 150 famílias se encaixam nos critérios e poderão ser transferidas. (Foto: Marcos Ermínio)
Levantamento apontou que apenas 150 famílias se encaixam nos critérios e poderão ser transferidas. (Foto: Marcos Ermínio)

Levantamento realizado pela Emha (Agência Municipal de Habitação) apontou que apenas 30% dos ocupantes da favela Cidade de Deus, no Bairro Dom Antônio Barbosa, região sul da Capital poderão ser remanejados para um novo loteamento ao lado do Conjunto Leon Denizart Conte, próximo ao Jardim Noroeste, região leste.

De acordo com o diretor-adjunto da Emha, Enéas Netto, o levantamento iniciado no dia 28 de novembro apontou que apenas 150 famílias que vivem na favela se encaixam nos critérios de seleção no Programa Minha Casa, Minha Vida. Inicialmente foi apontado a existência de 450 famílias no local, o que foi descartado.

Segundo ele, foi constatado que ao menos 80 dos cerca de 550 barracos da favela são utilizados pelos moradores apenas como depósito ou por “aproveitadores” que não vivem no local, mas mantém as moradias afim de se beneficiar.

“Constatamos que há muito barraco vazio e tem muita gente alí que não se enquadra nos critérios. Tem muita gente que tem condições de buscarem uma moradia, mas estão alí esperando ser beneficiadas. Por isso estamos fazendo esse trabalho de seleção criterioso para evitar esse tipo de prática”, disse.

Conforme Netto, mesmo com o levantamento, ainda não há uma previsão de data para que as famílias sejam remanejadas para o novo loteamento.

Impasse- As famílias que moram na favela são contra a mudança. Um dos motivos é que a nova moradia fica longe do local de trabalho da maior parte dos moradores, o aterro sanitário e o lixão.

Outro fator posto em evidência é que os habitantes do Leon Denizart não querem a aproximação dos ocupantes da Cidade de Deus.

Além de todos os entraves mencionados, também existe o fato de que o novo terreno tem capacidade para abrigar apenas 200 das 450 famílias que vivem na Cidade de Deus.

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