Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h
Ação acontece das 9h às 15h no Hospital Universitário e oferece exames de pele e triagem de lesões suspeitas
Na manhã deste sábado (7), o mutirão de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele, realizado pela Humap-UFMS/Ebserh (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), começou lotado, com a presença de pessoas de Campo Grande e do interior do Estado. O evento teve início às 9h e, até as 10h, já havia distribuído 400 senhas de atendimento.
A ação, chamada de Dia E, oferece exames de pele e consultas para triagem de lesões suspeitas. A triagem visa identificar lesões benignas, malignas e pré-malignas, e, quando necessário, os pacientes são encaminhados para biópsia ou outros tratamentos no próprio local.
O atendimento gratuito segue até as 15h no ambulatório geral do Hospital Universitário, com a participação de dermatologistas especializados. De acordo com a organização da ação, não há um número pré-determinado de senhas, mas após o horário estabelecido, não haverá nova distribuição, sendo atendido quem já estiver à espera, com senha.
Uma das pessoas atendidas foi a estudante Geanny Oliveira, de 19 anos, que percorreu 137 km de São Gabriel do Oeste a Campo Grande para receber o atendimento médico. Ela explica que veio ao mutirão por um problema de acne e aproveitou para fazer a triagem para o câncer de pele.
Sobre os cuidados com a pele, ela se diz consciente e faz uso diário de protetor solar. “Eu já uso protetor solar, principalmente por causa das sardas. Sei que a exposição ao sol pode piorá-las e também aumentar o risco de câncer de pele”, afirmou Geanny.
A aposentada Lucia del Plata, 66 anos, também aproveitou o mutirão após seis meses adiando a ida ao dermatologista. Ela explica que, embora saiba dos benefícios, não tem o hábito de usar protetor solar. “Não gosto de usar roupas de manga longa por causa do calor, mas sei que é recomendado. Aproveitei o mutirão para analisar alguns problemas de pele”.
O aposentado Waldemir Poppi, 74 anos, também buscou o mutirão devido à grande exposição solar que teve durante sua juventude, quando jogava futebol profissional pelo Grêmio de Maringá (PR). Waldemir já foi diagnosticado com câncer de pele e contou que só começou a usar protetor solar aos 72 anos.
“Antes eu não gostava do produto, mas hoje passo no rosto e nos braços. Já fiz uma remoção de câncer de pele e vim aqui para verificar novas manchas no meu outro braço”, explicou o ex-jogador de futebol.
Sem plano de saúde, Waldemir diz que viu no mutirão uma oportunidade de atendimento médico gratuito. “O bom é que, no atendimento, eles já verificam se é câncer ou não e, se necessário, fazem a remoção de uma vez”, completou.
Atendimento e tratamento - O dermatologista Günther Hans Filho, do Humap-UFMS/Ebserh, explicou que, durante o mutirão, os pacientes passam por uma triagem detalhada. “Quando identificamos uma lesão maligna, encaminhamos o paciente para cirurgia ou biópsia, dependendo do volume de pessoas no evento. Para lesões pré-malignas, estamos realizando crioterapia com nitrogênio, um tratamento eficaz para esse tipo de lesão”, afirmou o especialista.
Segundo Günther, além do diagnóstico e tratamento, o mutirão tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos da exposição inadequada ao sol e a importância da proteção solar.
“A principal mensagem é conscientizar sobre o uso de protetor solar e roupas adequadas, como bonés e chapéus, para prevenir o câncer de pele. Também é essencial que levemos esse exemplo para as crianças, para que no futuro não tenhamos tantos casos de câncer de pele”, explica o médico dermatologista.
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