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Capital

Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h

Ação acontece das 9h às 15h no Hospital Universitário e oferece exames de pele e triagem de lesões suspeitas

Por Mylena Fraiha e Geniffer Valeriano | 07/12/2024 10:29
Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h
Entrada do ambulatório geral do Hospital Universitário fica lotada durante mutirão contra câncer de pele (Foto: Paulo Francis)

Na manhã deste sábado (7), o mutirão de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele, realizado pela Humap-UFMS/Ebserh (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), começou lotado, com a presença de pessoas de Campo Grande e do interior do Estado. O evento teve início às 9h e, até as 10h, já havia distribuído 400 senhas de atendimento.

A ação, chamada de Dia E, oferece exames de pele e consultas para triagem de lesões suspeitas. A triagem visa identificar lesões benignas, malignas e pré-malignas, e, quando necessário, os pacientes são encaminhados para biópsia ou outros tratamentos no próprio local.

O atendimento gratuito segue até as 15h no ambulatório geral do Hospital Universitário, com a participação de dermatologistas especializados. De acordo com a organização da ação, não há um número pré-determinado de senhas, mas após o horário estabelecido, não haverá nova distribuição, sendo atendido quem já estiver à espera, com senha.

Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h
Dermatologista, Günther Hans Filho, do Humap-UFMS/Ebserh, avalia paciente durante mutirão (Foto: Paulo Francis)

Uma das pessoas atendidas foi a estudante Geanny Oliveira, de 19 anos, que percorreu 137 km de São Gabriel do Oeste a Campo Grande para receber o atendimento médico. Ela explica que veio ao mutirão por um problema de acne e aproveitou para fazer a triagem para o câncer de pele.

Sobre os cuidados com a pele, ela se diz consciente e faz uso diário de protetor solar. “Eu já uso protetor solar, principalmente por causa das sardas. Sei que a exposição ao sol pode piorá-las e também aumentar o risco de câncer de pele”, afirmou Geanny.

Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h
Lucia diz que aproveitou o mutirão após seis meses adiando a ida ao dermatologista (Foto: Paulo Francis)

A aposentada Lucia del Plata, 66 anos, também aproveitou o mutirão após seis meses adiando a ida ao dermatologista. Ela explica que, embora saiba dos benefícios, não tem o hábito de usar protetor solar. “Não gosto de usar roupas de manga longa por causa do calor, mas sei que é recomendado. Aproveitei o mutirão para analisar alguns problemas de pele”.

Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h
Sem plano de saúde, Waldemir diz que viu no mutirão uma oportunidade de atendimento médico gratuito (Foto: Paulo Francis)

O aposentado Waldemir Poppi, 74 anos, também buscou o mutirão devido à grande exposição solar que teve durante sua juventude, quando jogava futebol profissional pelo Grêmio de Maringá (PR). Waldemir já foi diagnosticado com câncer de pele e contou que só começou a usar protetor solar aos 72 anos.

“Antes eu não gostava do produto, mas hoje passo no rosto e nos braços. Já fiz uma remoção de câncer de pele e vim aqui para verificar novas manchas no meu outro braço”, explicou o ex-jogador de futebol.

Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h
Waldemir mostra local onde o câncer de pele foi removido (Foto: Paulo Francis)

Sem plano de saúde, Waldemir diz que viu no mutirão uma oportunidade de atendimento médico gratuito. “O bom é que, no atendimento, eles já verificam se é câncer ou não e, se necessário, fazem a remoção de uma vez”, completou.

Atendimento e tratamento - O dermatologista Günther Hans Filho, do Humap-UFMS/Ebserh, explicou que, durante o mutirão, os pacientes passam por uma triagem detalhada. “Quando identificamos uma lesão maligna, encaminhamos o paciente para cirurgia ou biópsia, dependendo do volume de pessoas no evento. Para lesões pré-malignas, estamos realizando crioterapia com nitrogênio, um tratamento eficaz para esse tipo de lesão”, afirmou o especialista.

Lotado, mutirão contra câncer de pele distribui 400 senhas em menos de 1h
Dermatologista Günther Hans Filho explicou que, durante o mutirão, os pacientes passam por uma triagem detalhada (Foto: Paulo Francis)

Segundo Günther, além do diagnóstico e tratamento, o mutirão tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos da exposição inadequada ao sol e a importância da proteção solar.

“A principal mensagem é conscientizar sobre o uso de protetor solar e roupas adequadas, como bonés e chapéus, para prevenir o câncer de pele. Também é essencial que levemos esse exemplo para as crianças, para que no futuro não tenhamos tantos casos de câncer de pele”, explica o médico dermatologista.

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