Maconha é lembrada na Marcha da Liberdade, mas não o foco na Capital
Antes da Marcha da Liberdade começar, as cores em bandeiras durante a concentração na praça Ary Coelho deixam claro os motivos da manifestação.
O grupo que pede a paz em Campo Grande levou o branco para o protesto . O verde e amarelo lembram o patriotismo contra a corrupção e critica o Código Florestal aprovado na Câmara, já o colorido do arco-íris é a manifestação contra a homofobia.
De bandeira até cartazes contra a violência no trânsito, o protesto nacional, hoje em 40 cidade, que começou depois de São Paulo proibir a Marcha da Maconha, em Campo Grande tem uma infinidade de motivos.
A questão indígena é lembrada, assim como os assassinatos recentes da estudante Marielly Barbosa e do segurança Jefferson Bruno Escobar.
Mas o assunto drogas também aparece, timidamente, em uma camiseta ou cartaz. “Para acabar com o tráfico, legalize”, expressa um dos participantes na frase escrita a mão.
“Nós queremos é a atualização da política antidrogas”, diz o estudante Orlando Pires Júnior.
Sempre se lembram da Holanda, onde o uso da maconha, por exemplo, é regulamentado. “E nem por isso aumentou o uso”, garante.
Os artistas, com pernas de pau pela praça, pedem mais recursos para a cultura. A distribuição de balões lilás lembra a importância da mulher. Mas tudo, segundo os organizadores, tem uma única finalidade: pregar a liberdade de expressão.
O microfone está aberto para qualquer um falar o que quiser. “Até pedir para mudar a música, por exemplo”, explica um dos organizadores, Eduardo Araújo.
O grupo sairá daqui a pouco pela 15 de Novembro, até a 14 de Julho, depois pela Barão do Rio Branco e de volta à Praça Ary Coelho.
A maior parte do público é jovem. Houve muita divulgação nas redes sociais, onde 1,5 mil confirmaram presença. A praça ainda não está lotada, mas muita gente chega a Ary Coelho.