‘Maníaco do Face’ é condenado a 60 anos de prisão por estupros em série
Em dois meses, garçom fez cinco vítimas; ele as escolhia pelas redes sociais

João Carlos Ribeiro da Costa, 35, que no ano passado ficou conhecido como o “Maníaco do Facebook” ou “Maníaco da Internet” pela forma como escolhia suas vítimas, foi condenado a 62 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado.
Em dois meses – entre 20 de julho e 29 de setembro de 2015 –, o criminoso fez cinco vítimas. Ele abordava as mulheres pelas redes sociais e, depois, quando conseguia marcar os encontros, as estuprava por horas, além de roubá-las.
O “maníaco”, que trabalhava como garçom, foi preso pela Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) em outubro do ano passado.
O primeiro crime aconteceu no Jardim Aero Rancho – sul de Campo Grande. Em entrevista no dia 28 de outubro, a delegada Franciele Candotti contou que naquela ocasião, João Carlos invadiu a casa da vítima, de 24 anos, amarrou-a e a colocou em cima da cama deitada de bruços. Depois de violentá-la por pelo menos três vezes, ele andou pela casa em busca de objetos para roubar.
O estuprador levou a mulher para dentro do banheiro, onde retirou as cordas e mandou que ela não contasse a ninguém sobre o ocorrido, pois ele sabia onde ela morava.
Outras vítimas - Nos dias 21 de agosto, 18 e 29 de setembro, o garçom fez outras três vítimas, nos bairros Guanandi, Jardim Montevidéu, respectivamente e repetindo sempre o mesmo modus operandi.
No dia 16 de setembro, o criminoso invadiu uma casa no bairro Parati, porém a mulher conseguiu escapar, antes que ele a estuprasse.

Reconhecimento – Em uma das vezes, João Carlos chegou a pular o muro da casa para surpreender a vítima, que foi amarrada, imobilizada, vendada e arrastada até um quarto da residência. Em seguida, revirou a residência em busca de objetos de valor. Durante a procura, manteve a mulher imobilizada por quase duas horas.
Após praticar o roubo, cortou as cordas do pulso da moça e, com uma faca em seu pescoço, retirou suas roupas à força e violentou-a sexualmente. Durante o crime, usou luvas e balaclava para não deixar rastros ou ser identificado.
Na verdade, o “maníaco” sempre usava roupas pretas, touca e uma mochila, onde carregava preservativos e as cordas. Estas características facilitaram o reconhecimento.
As penas foram fixadas pelo juiz Wilson Leite Corrêa, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande. João Carlos está preso desde o ano passado.