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Capital

Maníaco da Cruz surta, ameaça agentes com garfo e diz que "dá Ibope na TV"

Nyelder Rodrigues | 09/08/2016 20:34
Dyonathan, quando fugiu, foi encontrado no Paraguai e até entrevista concedeu à imprensa local (Foto: Arquivo/amambay570)
Dyonathan, quando fugiu, foi encontrado no Paraguai e até entrevista concedeu à imprensa local (Foto: Arquivo/amambay570)

Dyonathan Celestrino o rapaz que ficou conhecido como Maníaco da Cruz ainda na adolescência após matar três pessoas em série em Rio Brilhante - cidade localizada a 163 km da Capital -, surtou e ameaçou os agentes penitenciários ontem (8) no Instituto Penal de Campo Grande. Ele chegou a dizer que "dá Ibope na TV" durante o surto.

O caso aconteceu durante o banho de sol na quadra de esporte do pavilhão 2 do presídio, que fica no Complexo Penal, no Jardim Noroeste. Um agente foi fazer o recolhimento de Dyonathan quando o interno aproveitou a movimentação de outros presos no local para fugir e se esconder no setor de salgados da cantina do Instituto Penal.

Segundo o registrado pelos agentes na Polícia Civil, Dyonathan se negou a voltar para a cela dele, desobedecendo diversas ordens. Ao ser ameaçado de ser levado à força, ele passou a xingar os agentes e a ameaçar todos que ali estavam com um garfo. "Quero ver quem vai me obrigar a entrar naquela cela", disse Dyonathan.

Posteriormente, o jovem conhecido como Maníaco do Cruz seguiu surtado, e tentou atingir os agentes o garfo, socos e chutes quando eles o imobilizaram, o levando para a cela. Lá, ele passou a gritar: "eu mando na cadeia, eu mando no juiz, na promotora, eu dou Ibope pra TV".

Maníaco da Cruz - No registro policial, também é informado que Dyonathan fica isolado dos demais internos devido a periculosidade dele, além de que este não é a primeira vez que ele causa problemas como esses no Instituto Penal. Em 2015, ele chegou a ferir um agente penitenciário.

Hoje, Dyonathan tem 24 anos. Em 2008, quando cometeu os crimes, tinha 16 anos. Ele foi apreendido e cumpriu a pena na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. Entretanto, apesar de ter passado dos 18 anos, seguiu no local pois sua liberdade era tida como perigosa para a sociedade.

Contrariado com a situação, ele fugiu dali e foi para o Paraguai. Alguns dias depois da fuga, ele foi encontrado e encaminhado para Campo Grande. Inicialmente, ele deveria ir para uma unidade penal psiquiátrica, porém, como não existe tal unidade em Mato Grosso do Sul, ele foi internado na Santa Casa.

Contudo, logo ele foi transferido para o Complexo Penal por motivos de segurança, ficando no Instituto Penal sob observação especial, devido a sua condição psicológica. Na época da fuga, em 2013, o Governo do Estado alegou que buscava vaga para ele em outros Estado, porém, não conseguia.

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