Maníaco da Cruz faz curso na cadeia e deve trabalhar para evangélicos
Aos 24 anos, jovem preso por assassinatos em série surtou e ameaçou agentes penitenciários
Dyonathan Celestrino, que ficou conhecido como o “Maníaco da Cruz” após ter cometido três assassinatos em série e colocado os corpos das vítimas na posição de cruz, em Rio Brilhante - a 163 km da Capital - deve se tornar trabalhador de uma igreja evangélica, função denominada de 'obreiro'.
Isso porque, segundo a assessoria de comunicação da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o jovem de 24 anos iniciou no dia 8 de junho deste ano um curso religioso para se tornar obreiro.
A mesma fonte ainda informa que a duração do curso, feito na prisão, é de três meses. Paralelamente a isto, Dyonathan também faz faculdade à distância.
Porém, embora estude e realize o curso, na segunda-feira (8), o jovem ameaçou agentes penitenciários do Instituto Penal de Campo Grande onde está preso. Durante o ataque, ele chegou a dizer que "dá Ibope na TV".
Pelo ato de indisciplina, ele deve passar ainda nesta semana por nova avaliação psiquiátrica. Ainda de acordo com a assessoria, Dyonathan não repetiu o episódio de segunda-feira e está em uma cela isolada sem alterações.
Maníaco da Cruz – Em 2008, quando cometeu os crimes, Dyonathan tinha 16 anos. Ele foi apreendido e cumpriu a pena na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. Entretanto, apesar de ter passado dos 18 anos, seguiu no local, pois sua liberdade era tida como perigosa para a sociedade.
Contrariado com a situação, ele fugiu dali e foi para o Paraguai. Alguns dias depois da fuga, ele foi encontrado e encaminhado para Campo Grande. Inicialmente, ele deveria ir para uma unidade penal psiquiátrica, porém, como não existe tal unidade em Mato Grosso do Sul, ele foi internado na Santa Casa.
Contudo, logo ele foi transferido para o Complexo Penal por motivos de segurança, ficando no Instituto Penal sob observação especial, devido a sua condição psicológica. Na época da fuga, em 2013, o Governo do Estado alegou que buscava vaga para ele em outros Estado, porém, não conseguia. Em 2015, ele chegou a ferir um agente penitenciário.