Manifestações na Afonso Pena reúnem aproximadamente 80 pessoas
Duas manifestações realizadas na manhã deste sábado, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua 14 de Julho, reuniram aproximadamente 80 pessoas. Uma pedia para a presidente Dilma Rousseff vetar o Código Florestal aprovado pelos deputados federais no último dia 25 de abril e a outra protestava contra a mudança no código penal que deixará mais branda a pena para quem cometer maus tratos contra animais.
A primeira foi organizada por meio do Facebook e faz parte de um movimento nacional. Os participantes percorreram três ruas do centro. O grupo levou às ruas 13 razões para o veto total do código.
Uma delas é a retirada do primeiro artigo do texto aprovado pelo Senado que, segundo os manifestantes, estabelecia os princípios jurídicos de interpretação da lei que garantia a essência ambiental no caso de controvérsias jurídicas e administrativas.
A retirada desse artigo deixa claro, na visão dos organizadores, que o propósito da lei é consolidar atividades agropecuárias em áreas ambientalmente sensíveis.
Outra razão é o aumento da possibilidade legal de novos desmatamentos nas áreas de preservação ambiental.
De acordo com a bióloga Cintia Possas, de 26 anos, que é representante do comitê sul-mato-grossense para o Rio+20, o Código foi escrito sem base científica. "Eles usam o discurso que vão beneficiar os pequenos produtores", afirma.
O governo e os ambientalistas defendiam o texto aprovado pelos senadores e enviado à Câmara para nova votação, com o argumento de que, no Senado, a proposta havia sido acordada com o setor produtivo e com os ambientalistas, e que também contou com a aprovação de deputados.
Proteçãos aos animais - Já o movimento nacional de proteção e defesa animal, realizado por voluntários do Abrigo dos Bichos, Ong de Campo Grande, pede pelo avanço da proteção ao penal ao meio ambiente e aos animais.
Uma dos voluntários, Jorge Barbosa, de 45 anos, explica que o objetivo principal é protestar contra a reforma do Código Penal Brasileiro, que poderá abrandar crimes de maus tratos a animais, por exemplo.
“A gente quer que aumente e não diminua”, afirmou.