Enquanto o Mercadão tem boas vendas, comércio do Centro "esvazia" no Carnaval
Na manhã de hoje (4), o comércio nas ruas 14 de Julho e 13 de Maio estava vazio, com poucas lojas abertas

Nem mesmo trabalhar no Carnaval tem compensado para alguns comerciantes do centro de Campo Grande. Embora esta terça-feira (4) não seja considerada feriado oficialmente, vários setores optaram pelo ponto facultativo.
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Durante o Carnaval, o comércio no centro de Campo Grande enfrenta baixa movimentação, com muitas lojas fechadas e vendas fracas. Pequenos e médios comerciantes relatam poucas vendas, enquanto grandes redes permanecem abertas. Em contraste, o Mercadão Municipal e o comércio ambulante registram boas vendas, beneficiados pela movimentação dos blocos de Carnaval e turistas. O vendedor ambulante Maurício Zardais destaca o aumento nas vendas de bebidas, aproveitando o fluxo de pessoas nos pontos de ônibus. Já no Mercadão, a data atrai visitantes que aproveitam o feriado para passear e consumir no local.
Na manhã desta terça-feira de Carnaval, a reportagem observou que o comércio na região central da cidade, especialmente nas ruas 14 de Julho e 13 de Maio, estava vazio, com poucas lojas abertas.
A maioria das lojas abertas pertence a grandes redes, como Magazine Luiza, Casas Bahia e Gazin. Em contrapartida, os pequenos e médios comerciantes da Rua 14 de Julho estavam com as portas fechadas, e os que estavam abertos relataram que as vendas estavam "fracas".
Um dos comerciantes é Fernando Gonçalves, dono de uma loja de capinhas de celular na Rua 13 de Maio. Ele relata que, até a manhã de hoje (4), não havia feito nenhuma venda, mas espera que no período da tarde consiga vender algo. “Até agora, não está demonstrando que valeu a pena, mas quem sabe depois do almoço, umas duas horas, a esperança continua. Vou ficar até umas duas, três horas. Amanhã vou abrir normal, na esperança de vender algo e ganhar um dinheirinho”, explica Fernando.
De acordo com ele, em dias de Carnaval e também em feriados, a região central fica menos movimentada. No entanto, ele reforça que há pessoas que procuram as lojas e geralmente fazem compras. “É, sempre meio parado, mas as pessoas que entram geralmente compram".

O comerciante e gerente da loja de artigos geek Anime-se, Rodrigo Azevedo, também aponta que esse Carnaval foi “fraco” nas vendas. “No Carnaval, todos os anos nós abrimos. O problema é que depende do ano. Esse ano está fraco, mas no passado foi legal para nós”, diz Rodrigo.
Rodrigo explica que, apesar da loja em que trabalha ficar aberta ao longo do Carnaval, ele também observa que muitas lojas de pequeno e médio porte estão fechadas, enquanto outras optam por abrir a partir do meio-dia.

Quem se deu bem - Em contrapartida, o comércio ambulante e o Mercadão Municipal têm tido boas vendas durante o período carnavalesco em Campo Grande. O comércio ambulante, por exemplo, se favorece com a movimentação trazida pelos blocos de Carnaval, que têm acontecido na Esplanada Ferroviária.
Esse é o caso do vendedor ambulante Maurício Marques Zardais, de 45 anos, que afirma que o Carnaval tem compensado, já que ele vende bebidas, principalmente água, energético e refrigerante. Na visão dele, o comércio fechado e a possibilidade de transitar também o favorecem.
Não tem nenhum outro comércio aberto, então o ambulante que vende alimentação, água, sorvete, refrigerante, já beneficia um pouco do movimento que nós estamos tendo”, explica. “E eu vejo o movimento e vou atrás do movimento”, complementa Maurício.
Ele também ressalta que tem tido boas vendas especialmente próximo aos pontos de ônibus na região central. “O ponto de ônibus hoje está lotado. Então eu vou atrás do cliente ou o cliente vem atrás de mim".
O movimento no Carnaval também foi bem avaliado no Mercado Municipal de Campo Grande, localizado na Rua Sete de Setembro. É importante mencionar que o local funciona normalmente todos os dias, exceto nesta terça-feira (4), quando ficará aberto até às 12h.
Segundo comerciantes, o Carnaval favorece as vendas tanto pela movimentação turística de pessoas que vêm de fora quanto por aqueles que aproveitam o dia de folga para visitar o ponto cultural da cidade.
O agricultor Rodrigo Guzela, de 42 anos, é um deles. Ele conta à reportagem que esteve pela manhã de hoje no Mercadão para aproveitar o dia de folga com a família. “Sempre que estamos de folga, viemos cedo aqui comer um pastel e comprar alguma coisa”, comenta.

Além disso, a vendedora Olga Sampaio, que tem um box de bebidas no Mercadão, confirma que a data sempre favorece as vendas no local. “O Carnaval, para nós aqui, é bom, porque tem um pessoal que vem para o centro, para passear, brincar no Carnaval e acaba dando uma passada aqui no Mercadão. Então é bom para a gente”.
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