Terrenos baldios viram lixões em diversos bairros de Campo Grande
Mesmo com limpeza da prefeitura, moradores relatam descarte constante de lixo em terrenos abandonados
"A prefeitura limpa, aí eles voltam e jogam o lixo tudo de novo." O desabafo é unânime entre os moradores que conversaram com o Campo Grande News na manhã desta sexta-feira (25), ao relatar a realidade dos terrenos abandonados que acumulam resíduos por toda a Capital. A situação é visível em diversos bairros, mostrando que o problema está longe de ser pontual.
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Moradores de Campo Grande enfrentam problemas com descarte irregular de lixo em terrenos baldios, como na Vila Eliane e na Avenida Ernesto Geisel. Apesar dos esforços da prefeitura para limpar as áreas, o lixo volta a se acumular, gerando insatisfação entre os residentes. A falta de conscientização é apontada como principal causa. A prefeitura orienta sobre o descarte correto de resíduos, destacando a importância dos ecopontos e da separação adequada do lixo reciclável. A cidade possui cinco ecopontos para descarte gratuito de materiais recicláveis e outros resíduos, funcionando de segunda a sábado.
A falta de conscientização no descarte de lixo é uma questão antiga, mas que ainda parece sem solução — essa é a impressão dos moradores da Vila Eliane. Na Rua Joaquim Vieira de Almeida, um terreno baldio se transformou em ponto recorrente de descarte irregular, com restos de móveis. Mas não são apenas os bairros mais afastados que enfrentam o problema. Na Avenida Ernesto Geisel, por exemplo, às margens do córrego, o lixo também se acumula. Entre sacos plásticos e entulhos, a reportagem flagrou até um carrinho de supermercado recheado de retalhos.
No Bairro Residencial Ana Maria do Couto, na Rua Edmir Padial Júnior, o cenário se repete. O autônomo Walker Pinto, 58 anos, lamenta o descaso: "Aqui o que mais tem é lixo nos terrenos e gente que vem jogar. Esse terreno aqui na rua é da prefeitura. Eles demoram, mas limpam. Só que não adianta, o pessoal volta e joga de novo", afirma.
A comerciante Marta Lúcia Soares, 54 anos, também sofre com o problema. "Traz ratos, insetos... o pessoal até coloca fogo no lixo. E o pior: tem um ecoponto a menos de quatro quadras daqui. Poderiam levar lá. Falta consciência", reforça.
Como e onde descartar corretamente os resíduos em Campo Grande
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Solurb, orienta a população a separar corretamente os resíduos para garantir o descarte adequado e contribuir com a preservação do meio ambiente.
Lixo comum
Deve ser acondicionado em sacos bem fechados e colocado na calçada nos dias e horários em que o caminhão da coleta convencional passa pela região.
Resíduos recicláveis
Materiais como papel, plástico, vidro e metal devem ser limpos e secos antes de serem separados. Eles podem ser entregues nos ecopontos, que funcionam de segunda a sábado, das 8h às 18h, em diferentes bairros da Capital. Há também coleta seletiva porta a porta em algumas regiões, conforme cronograma disponível no site da Solurb.
Resíduos perigosos
Pilhas, baterias, medicamentos vencidos e eletrônicos não devem ser descartados no lixo comum. Eles podem ser levados a pontos de coleta específicos, disponíveis em farmácias, supermercados e escolas parceiras de programas ambientais. Óleo de cozinha usado também deve ser armazenado em garrafas PET e entregue em locais de coleta próprios, como cooperativas e alguns ecopontos.
Ecopontos em Campo Grande
A cidade conta com cinco ecopontos fixos para descarte gratuito de resíduos recicláveis, restos de construção civil (até 1 m³ por dia), móveis velhos, galhos de poda e eletrônicos. Todos funcionam de segunda a sábado, das 8h às 18h:
Ecoponto Panamá: Rua Sagarana com Avenida José Barbosa Hugo Rodrigues, Bairro Panamá.
Ecoponto Noroeste: Rua Piraputanga esquina com Rua Guarulhos, Bairro Noroeste.
Ecoponto Nova Lima: Rua Pacajús, 194, Bairro Nova Lima.
Ecoponto União: Avenida Roseira esquina com Rua Carmem Bazzano Pedra, Bairro União.
Ecoponto Moreninhas: Rua Copaíba, entre as ruas Antônio Davi Macedo e Amado Nogueira Moraes, Bairro Moreninhas.
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