Manifestantes chegam à Praça e os mais velhos lembram de revoluções
Centenas de manifestantes já começaram a se reunir na Praça do Rádio Clube, na avenida Afonso Pena, em Campo Grande. A maioria formada por estudantes, mas também há pessoas mais velhas, que inclusive, já participaram de outras manifestações que marcaram o Brasil.
Com os olhos lacrimejando, Moacir Alécio, de 70 anos, que participou da revolução de Jânio Quadros e das Diretas Já, conta que está emocionado de ver a juventude indo às ruas para protestar.
Ele comprou dezenas de cartolinas e estava distribuindo para a moçada escrever frases de ordem. “Eu achei que nunca mais ia ver isso. Até que um dia o povo resolveu acordar”, desabafa.
A estudante Ariane Salomão, de 19 anos, diz que chegou na praça por volta das 14h30. “Esse movimento é do povo, que não tem mais zona de conforto, enquanto a gente dormia os políticos nadavam no dinheiro público. Os 0,20 centavos foram a gota d’água dos milhões que já roubaram”, afirma.
Ieza Ramos, de 16 anos, que faz cursinho para passar em Medicina na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) diz que uma das coisas vai protestar e a favor de uma educação pública de mais qualidade.
As duas meninas faziam cartazes com dizeres “Bernal padeiro vendedor de sonho”, e, “A corrupção é o câncer do Hospital Alfredo Abrão”.
A concentração dos 35 mil manifestantes que confirmaram presença no ato está marcada para 17 horas. A saída da passeata será às 18h30 e começa em frente à Praça do Rádio Clube.