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Capital

Manifestantes limpam estoque verde e amarelo que sobrou da Copa do Mundo

No Centro, maioria quer bandeira do Brasil grande, enquanto outros compram de tudo para revender

Caroline Maldonado e Bruna Marques | 06/09/2021 12:40
Casal de vigilantes, Wanderlei Benitez e Raquel de Oliveira, durante compras no Centro. (Foto: Bruna Marques)
Casal de vigilantes, Wanderlei Benitez e Raquel de Oliveira, durante compras no Centro. (Foto: Bruna Marques)

Chegou a hora dos comerciantes limparem o estoque de artigos verde e amarelo, que sobraram da Copa do Mundo de 2018. Hoje (6), as lojas do Centro recebem diversas pessoas à procura das cores para ir às ruas amanhã, em manifestação a favor do presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), no feriado do Dia da Independência. Outros compram bandeiras e tudo que leva as cores da bandeira para revender.

A maioria quer bandeiras grandes, segundo os lojistas, mas quem chega de última hora, leva o que ainda resta. Na loja Planeta, na Avenida Afonso Pena, o gerente Rodrigo da Silva Costa conta que desde sexta-feira, está intensa a procura e o estoque do ano retrasado e passado está acabando.

“Algumas pessoas compraram para revenda. Um deles comprou mais de 200 bandeiras. Sábado e hoje, estamos liquidando o estoque com desconto de 50% em qualquer item do Brasil para ver se acaba até o fim do dia. Só restaram as bandeiras pequenas”, comenta o gerente.

Técnica de enfermagem, Rosana Cavalcante, compra artigos para decorar a casa. (Foto: Bruna Marques)
Técnica de enfermagem, Rosana Cavalcante, compra artigos para decorar a casa. (Foto: Bruna Marques)

Com a esposa, o contador Juscélio da Cruz, de 62 anos, foi ao Centro hoje, comprar bandeiras e camisetas. “Ontem, compramos, mas hoje, queremos levar mais. Vamos para Brasília e queremos levar um estoque”, disse, entusiasmado.

Tem gente que vai até decorar a casa para passar o 7 de setembro. A técnica de enfermagem, Rosana Cavalcante, de 39 anos, gostaria mesmo de ir para Brasília, mas por conta do trabalho, não vai poder. “Esse é o primeiro ano que invisto em decoração. Antes, eu participava, ia aos desfiles, mas acho que uma ação tão grande como essa tem que ter uma decoração”, diz.

O gerente da Giga, Pedro Magalhães, também comemora o “boom” no movimento pelo verde e amarelo. “Todo o estoque de 400 bandeiras foi vendido. Eles querem bandeira para carro, média, grande, bandana, querem tudo em relação ao Brasil”. Ele conta que hoje, a procura começou cedo. “Por baixo, 20 pessoas já procuraram. Só sobraram as bandeirinhas de plástico”, comenta.

Há 15 anos morando em Mato Grosso do Sul, o casal de vigilantes Wanderlei Benitez, de 40 anos e Raquel de Oliveira, da mesma idade, pesquisaram preço na hora de comprar. “Primeira vez que fazemos isso. Estamos animados. Vamos de moto e queremos amarrar a bandeira nas costas”, diz Raquel, nascida em Rondônia.

Contador Juscélio da Cruz e a esposa, comprando produtos verde e amarelo para manifestação. (Foto: Bruna Marques)
Contador Juscélio da Cruz e a esposa, comprando produtos verde e amarelo para manifestação. (Foto: Bruna Marques)


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