Maternidade tenta novo contrato com a prefeitura, mas descarta paralisação
A Maternidade Cândido Mariano estuda um novo contrato com a prefeitura de Campo Grande. Apesar de haver rumores de paralisação na unidade, a direção do local descartou a possibilidade por ora. Não foram citados números relativos aos valores pedidos neste novo convênio.
Pacientes do local entram em contato com a reportagem para relatar que ouviram de médicos do local que a unidade também fecharias as portas para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
Porém, em contato com o diretor-presidente da maternidade, Cezar Galhardo, ele não confirmou a situação, dizendo que um novo convênio com a prefeitura está em análise e que, sobre paralisação, não há nada definido.
"Por enquanto não definimos nada. Nós da diretoria ainda estamos esperando. Não há nenhum interesse em fechar [a unidade para atendimento via SUS]", frisa Galhardo ao ser questionado pela reportagem.
Fechamento do HU - O fechamento da maternidade do HU (Hospital Universitário) deixou cerca de 20 gestantes sem atendimento no local. Ao contrário do informado anteriormente, o setor está sem receber novos pacientes desde o fim da tarde de sexta-feira (10), sendo fechado junto ao PAM (Pronto Atendimento Médico).
A previsão é que a unidade reabra nesta quarta-feira (15), quando prefeitura e HU devem fechar novo convênio - o valor do repasse mensal vai subir de R$ 300 mil para R$ 1,3 milhão, cobrindo parte dos R$ 4,7 milhões gastos por mês.
De acordo com dados do HU, a unidade faz diariamente uma média de cinco partos. Ou seja, em quatro dias fechado, a unidade deixou de realizar cerca de 20 nascimentos. O motivo do fechamento do setor é o mesmo do PAM, falta de recursos para adquirir medicamentos e materiais como tubos, cateteres, sondas, entre outros.
A maternidade tem 38 leitos e o setor neonatal 20. No dia do fechamento, haviam 41 recém nascidos no local. Hoje, o número era de 23. Sem o HU, as pacientes atendidas via SUS tiveram como opção a Cândido Mariano e a Santa Casa.