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Capital

Mato toma ex-biblioteca pública, abandonada ao lado de escola

O local com formato de livro aberto fica na Avenida Capital e é motivo de reclamações constantes

Por Ana Beatriz Rodrigues | 22/09/2023 16:12
Fachada da biblioteca do conhecimento na Avenida da Capital (Foto: Paulo Francis)
Fachada da biblioteca do conhecimento na Avenida da Capital (Foto: Paulo Francis)

Abrigo para dependentes químicos, tomado por mato e com outros sinais de abandono, o local com formato de livro aberto onde antes funcionava uma biblioteca pública agora é motivo de preocupação para moradores da Avenida da Capital e alunos do colégio ao lado, a Escola Estadual Professor Henrique Cyrillo Correa.

No local já funcionou a Biblioteca da Indústria do Conhecimento do Sesi (Serviço Social da Indústria), e segundo a assessoria do órgão, a estrutura foi entregue à Prefeitura de Campo Grande que passou a ser responsável. A reportagem entrou em contato com a prefeitura, mas até a publicação da matéria não houve resposta.

Para o professor Ítalo Gonçalves Simone, de 44 anos, o espaço causa muito preocupação, pois o filho dele estuda ao lado do prédio “e se acontece alguma coisa na entrada ou saída da escola como fica, quem se responsabiliza? Porque aqui fica cheio de usuário de drogas no fim da tarde. Esse prédio deveria ser doado para escola para fazer uma área para as crianças, algo assim”, comentou.

Ênio Marcelo Buzaneli, de 47 anos, também comentou sobre a situação do prédio. “Se a gente não cuidar, isso aqui vai virar uma cracolândia, é um perigo isso aqui! Além de não ter o serviço da biblioteca que foi o sugerido, isso aqui fica causando dor de cabeça por conta da insegurança com os alunos”, disse.

Ênio Marcelo Buzaneli, de 47 anos, comentando sobre o prédio (Foto: Paulo Francis)
Ênio Marcelo Buzaneli, de 47 anos, comentando sobre o prédio (Foto: Paulo Francis)

Quem também compartilha do mesmo pensamento é o segurança Firmino Farias da Silva, 43 anos. “Aqui virou uma espécie de desmanche, depósito, tem uns pedaços de carros abandonados lá dentro, isso aqui é um poço de insegurança, sempre tem ‘nóia’ lá dentro”.

Não é a primeira vez que a equipe do Campo grande News vai até o bairro ouvir os moradores e os relatos são de preocupação. No dia 7 de abril, publicamos uma reportagem mostrando o cenário de abandono do local. Mais de uma década atrás, o local era um espaço de conhecimento e agora, retrato do esquecimento.

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