Médicos ameaçam entrar em greve contra escalonamento e por plantões
Os médicos, que atendem pela rede municipal de saúde de Campo Grande, ameaçam entrar em greve de novo. O indicativo foi aprovado em assembleia no Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), na noite desta segunda-feira (10). Os profissionais estão insatisfeitos com o escalonamento de salários, o corte dos plantões e pedem diferenciação em categorias diferentes entre os profissionais de saúde do município.
Segundo o Sinmed/MS, o executivo prometeu enviar projeto à Câmara Municipal para fazer as alterações exigidas pela classe. Caso a prefeitura não tome providências, os médicos devem paralisar os serviços em 72 horas, a partir de sexta-feira (14).
A reunião começou às 19h30 e terminou por volta de 21h30, desta segunda-feira. Os profissionais reclamam que, na ocasião em que fizeram greve, um dos pontos acertados com a Prefeitura para o retorno ao trabalho, foi o pagamento dos salários até o quinto dia útil de cada mês. Porém, conforme o escalonamento de salários anunciado dia 14 de julho pela prefeitura, aqueles que recebem acima de R$ 7 mil, vão ter os salários depositados entre os dias 18 e 21 de agosto.
Cerca de 90% dos médicos recebem acima de R$ 7 mil, ou seja, de acordo com a escala receberão os proventos somente no fim do mês.
Outra promessa não cumprida pelo executivo, segundo o Sinmed, foi a de levar à Câmara Municipal, projeto para alterar a categoria de médicos. Hoje esses profissionais estão enquadrados na categoria 16, e pedem a criação da categoria 17.
O descontentamento com o executivo fica por conta, ainda, do corte dos plantões dos médicos. De acordo com a assessoria do Sindimed, a redução do número de plantões afeta o serviço prestado a população, sobrecarregando os médicos e causando demora no atendimento.
É a segunda greve dos médicos neste ano na Capital. Em maio, contra a suspensão no pagamento dos plantões, eles paralisaram as atividades por 18 dias.
O prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), ressaltou que a crise é passageira e o pagamento dos salários volta ao normal em setembro ou, no máximo, outubro.