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Capital

Militar rodou quilômetros e levou filha para escola com corpo da mãe no carro

Jovem foi morta pelo marido após discussão; corpo foi enrolado em lençol e escondido em porta-malas

Dayene Paz | 08/02/2022 09:45
Lençol usado por militar para enrolar o corpo. (Foto: Divulgação)
Lençol usado por militar para enrolar o corpo. (Foto: Divulgação)

Depois de matar Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, 22 anos, e esconder o corpo no porta-malas do veículo, o militar da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, de 31 anos, ainda rodou quilômetros e levou a filha para o colégio, com o corpo dentro do carro, antes de jogá-lo à margem da BR-060, em Campo Grande.

A informação foi dada pelo próprio militar, durante interrogatório na delegacia de polícia nesta segunda-feira (07). Tamerson contou que Natalin chegou em casa por volta das 2 horas da madrugada, transtornada, sob efeito de álcool e drogas.

O casal discutiu e então, segundo o militar, Natalin avançou nele. Tamerson não estava dando conta de segurá-la, quando deu um golpe mata-leão na vítima, que desmaiou. O militar disse que ficou desesperado e tentou acordá-la, mas logo percebeu que ela estava morta.

Casal em uma das fotos postadas no Facebook. (Foto: Divulgação)
Casal em uma das fotos postadas no Facebook. (Foto: Divulgação)

Com medo de ser preso e perder a filha, enrolou o corpo em um lençol e deixou no porta-malas, até o dia seguinte, quando levou a criança na escola. O corpo ainda estava no porta-malas e então Tamerson seguiu para a rodovia. Ele acessou uma estrada de chão, andou mais um pouco, e escondeu o corpo no mato.

Depois, seguiu até a Base Aérea de Campo Grande, onde marcou encontro com uma mulher no site de acompanhante. O militar afirma que não manteve relação sexual e que apenas desabafou sobre seu relacionamento, sem mencionar que havia matado a esposa.

Por volta das 18 horas, Tamerson buscou a filha na escola e saiu para lanchar com ela. Procurado pelas amigas de Natalin, tentou despistar. Se passou por ela nas redes sociais e utilizando o aparelho da jovem, respondeu mensagens e até mandou uma se despedindo, tudo para evitar que as amigas procurassem a polícia para registrar o desaparecimento.

Depois, anunciou o celular de Natalin no Facebook por R$ 3 mil e guardou os pertences dela em cima do guarda-roupas.

O caso - O corpo foi encontrado no domingo (6), pelo funcionário de uma fazenda, no matagal ao lado da porteira de entrada de uma propriedade rural, no Km 372 da BR-060. Ela não portava documentos e foi identificada depois.

Antes do depoimento, investigação do GOI (Grupo de Operações e Investigações) havia apontado que a jovem foi assassinada na madrugada de sexta-feira (4) e o cadáver abandonado na rodovia no domingo. Ou seja, ele teria passado três dias com o cadáver dentro do carro.

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