Ministério aprova R$ 2 milhões para construção de Caps 24 h na Capital
Campo Grande foi selecionada pelo Ministério da Saúde para receber dois Caps (Centro de Apoio Psicossocial) de funcionamento 24 horas e quatro unidade de acolhimento. Para os projetos, foram aprovados recursos de R$ 4 milhões, sendo metade do valor para os centros.
A cidade tem seis Caps, mas nenhum que funcione de forma ininterrupta. De acordo com o coordenador do serviço de saúde mental do município, José Alaíde dos Santos Lopes, além de funcionamento 24 horas, os Caps AD III (álcool e drogas) serão maiores.
Caso o paciente tenha crises ou recaídas durante noite e madrugada, já terá local para ser atendido. Conforme o coordenador, não será unidade de internação. “É um Caps maior, apto para atender pacientes com dependência de álcool e outras drogas, como crack e cocaína. Funcionam 24 horas por dia, sete dias da semana”, explica.
Segundo José Alaíde, o local para a construção dos Caps está sendo escolhido e, inicialmente, os centros devem funcionar em imóveis locados. A expectativa é colocar as unidades em funcionamento ainda neste ano.
Porém, o crescimento da rede Caps, porta de entrada para quem enfrenta doenças mentais e dependências, não é acompanhado pelo número de leitos psiquiátricos.
“É insignificante para uma cidade do tamanho de Campo Grande”, afirma o coordenador. As vagas são no Hospital Nosso Lar, Santa Casa e Hospital Regional Rosa Pedrossian. A Prefeitura tenta ampliar o número de vagas com ofertas de leitos no HU (Hospital Universitário).
Não há números precisos de dependentes de álcool e outras drogas. Entretanto, a estimativa é que 18% da população enfrentem o problema e 1% seja dependente de drogas como crack, cocaína e pasta-base.
O ministério vai liberar R$ 2 milhões para construção de quatro unidades de acolhimento. Elas farão a recepção dos novos pacientes. O município de Ponta Porã também foi selecionado para receber uma unidade de Caps AD III.