Morador ignora passarela e se arrisca em trecho sem espaço de avenidas
Moradores e frequentadores da região do Alto São Francisco, em Campo Grande, enfrentam dificuldades para caminhar e se locomover no cruzamento das avenidas Presidente Ernesto Geisel e Doutor Euler de Azevedo. O tráfego de veículos no local é intenso e, para solucionar o problema dos pedestres, há alguns meses, a prefeitura substituiu a linha férrea que existia no local por uma passarela.
Mesmo com a praticidade e a segurança fornecidas pela construção, há aqueles pedestres que preferem se arriscar em meio aos veículos. Para a dona de casa Vera Lúcia Rodrigues Carvalho, 56 anos, que atravessava a Ernesto Geisel, acompanhada da filha de 35 anos e da neta, a justificativa é a “perda de tempo”.
“Estamos andando pela Euler de Azevedo e não compensa subir na passarela para atravessar a Ernesto Geisel. Teria que dar uma volta. Não compensa. Acredito que, hoje, os motoristas estão mais conscientes e param para a gente atravessar. A maioria é compreensível e respeita”, diz.
Poucos minutos no local, é possível perceber a presença de pessoas atravessando os quatro cantos das duas avenidas e se arriscando entre os automóveis. Mesmo assim, há aqueles que preferem a segurança, mesmo tendo que dar alguns passos a mais.
“Acho impossível passar por esse caminho. Nessa rotatória, todo mundo está certo. Eu vejo, direto, pessoas se arriscando, principalmente, alunos nos horários de saída e entrada do colégio”, opinou o cozinheiro Eduardo Anache, 38 anos.
Já o aposentado Euclides de Souza, 78 anos, diz que escolhe a passarela por segurança. “Tem muito carro lá embaixo e é arriscado demais. O movimento dos motoqueiros é pior ainda. Se fosse seguro eu iria por baixo, mas não dá certo”, revela.
Posicionamento e obra – Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), Semy Ferraz, o projeto de revitalização da área faz parte do Programa Pró-Transporte, da Caixa Econômica Federal, foi pensado e elaborado pela antiga administração municipal e faz parte da realização da Orla Morena 2ª Etapa.
“Para pensar uma nova passarela, eu teria que fazer uma análise, desenvolver um projeto complementar e viabilizar novos recursos”, revelou.
As obras no local chegaram a ficar paralisadas por causa de entraves na documentação do projeto com a instituição financeira. No entanto, no último dia 15, elas foram retomadas pela mesma construtora e a previsão da Seintrha é que sejam concluídas até o final de outubro deste ano.