Moradores do Nova Lima pedem apoio do MPE para resolver “buracão”
Os moradores do bairro Nova Lima protocolaram nesta segunda-feira (7) pedido de apoio do Ministério Público Estadual (MPE) para resolver o “buracão”. A erosão na rua Marquês de Herval voltou a assustar a população após as chuvas do dia 30, quando engoliu parte da calçada.
De acordo com o presidente do Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares), Haroldo Borralho, os moradores pedem a intervenção do MPE para o imediato cercamento do “buracão”, com vigilância permanente na área; a proibição do deposito de resíduos sólidos no local, que abrange nascentes de córregos, e solicita que o prefeito Nelson Trad Filho apresente o projeto de recuperação da área.
“Do jeito que está é um dano não só ao meio ambiente, mas também ao patrimônio público. Jogar lixo e entulho no local não resolve nada, só destrói as nascentes que ali estão”, diz.
As medidas foram decididas após reunião na sexta-feira (4), com representantes da OAB (Ordem dos Advogados), diversas associações e moradores do bairro.
Os moradores querem a resolução imediata do problema, independente da liberação de recurso federal ou não, antes que o buraco “engula as casas”.
Eles também denunciam que o local é usado para deposito de todo tipo de lixo, o que atrai insetos e animais peçonhentos para a região, além do forte cheiro.
A Prefeitura aguarda desde março a liberação de R$ 5 milhões do Governo Federal para as obras definitivas no local. Desde então, foram realizados reparos emergências como aterro e tubulação improvisada, que foram todos levados pelas chuvas da última semana.
De acordo com o secretário de obras, João de Marco, já era previsto que os reparos fossem levados pelas chuvas, já que são obras “precárias”.
“A solução definitiva só virá com um obra grande e pra isso precisamos de recurso federal”, frisa.
Como são obras emergências, o secretario não soube precisar quanto foi gasto até agora com os serviços no local. As obras emergências para conter a erosão do dia 30 devem terminar em 10 dias e incluem aterro e desvio do curso de água.
Na sexta, o prefeito decretou novo estado de emergência no bairro com o objetivo de agilizar a liberação do recurso federal.