Morte de manicure foi acidental, diz defesa de suspeita em alegação final
Foi entregue à Justiça a defesa de Gabriela Santos Antunes, suspeita de matar Jeniffer Nayara Guilhermete de Morais, 22, em janeiro deste ano, a tiros no Inferninho, na saída para Rochedo, em Campo Grande. A advogada dela, Estella Bauermeister de Oliveira, diz na alegação final que a morte foi acidental.
"Não teve premeditação. Foi a Jeniffer quem entrou em contato com a Gabriela para ameaçá-la, já que o marido dela tinha acabado de sair da cadeia e ela ficou com medo de Gabriela contar para ele sobre o caso entre ela e Alisson Vieira, 22, marido de Gabriela", comenta Estella.
A advogada mantém versões ditas anteriormente, de que Gabriela e a amiga Emily Karoliny Leite queriam apenas dar um susto na vítima, raspando o cabelo de Jeniffer, que seria a "condenação" para a "talaricagem" - quando uma mulher se envolve com um homem que casado. Além disso, queriam forçar a vítima a pedir desculpas.
"A Gabriela e a Emily já tinham cortado o cabelo de outra garota pelo mesmo motivo, e por isso a Gabriela chamou a Emily para fazer isso de novo. Já sobre o tiro, ela disparou duas vezes para os lados, para que Jeniffer pedisse desculpas, mas não pediu e ainda falou 'corna mãe, corna filha' para a Gabriela", comenta.
Porém, explica Estella, no terceiro tiro, Jeniffer se virou para o lado e acabou sendo atingida acidentalmente no rosto. As suspeitas alegam que saíram correndo em seguida e que a vítima acabou caindo no precipício do Inferno sozinha, e não foi empurrada, como alega a acusação.
Estratégia - A estratégia de Estella é evitar que Gabriela vá à júri popular, sendo a sentença dada diretamento pelo juiz. "Esperando agora só o juiz voltar de férias para saber o que vai acontecer. Se ele pronunciar a Gabriela, ela vai à júri. Se impronunciar, significa que a sentença de condenação será dada direto.
Gabriela e Jeniffer eram amigas de infância até o desentendimento por causa do caso com Alisson. As duas suspeitas estão presas no presídio feminino Irmã Irma Zorzi, aguardando parecer judicial sobre o caso.