Motorista alega que matou amigo por medo
Magno Lopes dos Santos, 27 anos, se apresentou à polícia nesta sexta-feira e foi liberado após depoimento
O motorista Magno Lopes dos Santos, 27 anos, alegou em depoimento, nesta sexta-feira (25), que atirou em Rafael Freitas da Silva, 29, por medo, já que vinha sendo ameaçado pelo rapaz há pelo menos três anos. O crime aconteceu na última segunda-feira (21) e a vítima foi atingida por seis disparos de pistola 9 milímetros.
Magno se apresentou na 6ª Delegacia de Polícia Civil na manhã desta sexta-feira na companhia do advogado William Maksoud. Ao Campo Grande News, a defesa do rapaz contou que a arma do crime foi entregue no local, junto com a nota fiscal. “Ele é CAC [Colecionador, Atirador Desportivo e Colecionador) e tirou o registro depois de receber ameaças da vítima”, disse.
Segundo o advogado, o rapaz se apresentou espontaneamente e em depoimento contou que vinha sendo ameaçado há pelo menos três anos pelo Rafael, com quem estudou junto na infância e os dois chegaram a ser amigos, no entanto, se afastaram após ambos se relacionarem com a mesma mulher.
“Ele alegou legítima defesa porque vinha sendo ameaçado pelo Rafael há anos, inclusive, naquela semana, começou a andar armado porque o próprio Rafael avisou que estava de saidinha e que iria se acertar com ele. Então houve a coincidência dos dois se encontrarem aquele dia”, afirmou William.
Na delegacia, Magno contou que no início as ameaças eram por conta da criação do filho. Ele afirmava que não queria que o motorista participava da criação do menino, inclusive, quando ainda estava junto com a mãe do garoto chegou a mudar de Estado por conta dessa intimidação.
“Ele tinha medo do Rafael por conta das ameaças. No dia ele relata que foi entregar uma marmita para a ex e para o filho e quando saiu encontrou com o Rafael que saiu correndo atrás dele. Quando o rapaz fez menção de estar armado ele então atirou, mas ficou tão nervoso que não sabe nem quantos tiros deu”, afirmou o advogado do autor.
Ainda de acordo com Maksoud, os prints das ameaças feitas via aplicativos de conversa e rede sociais serão entregues na delegacia na próxima semana. Após ser ouvido, o Magno foi liberado.