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Capital

Movimento feminista latino une ciclismo e luta contra violência no trânsito

Concentração do evento será na Esplanada Ferroviária, às 15h, no Dia Internacional da Mulher

Por Clara Farias | 05/03/2025 15:38
Movimento feminista latino une ciclismo e luta contra violência no trânsito
Mulheres pedalando pelo fim da violência (Foto: Doug/Cicloativismo)

O evento "Cicletada de las niñas", acontecerá em Campo Grande, neste sábado (8). A ação é organizada por mulheres, busca conscientizar sobre a importância do respeito no trânsito, especialmente com veículos menores, e pede o fim da violência viária. A Capital é uma das poucas cidades brasileiras a participar da iniciativa, que ocorre em toda a América Latina.

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Campo Grande sediará a "Cicletada de las niñas" neste sábado, evento organizado por mulheres para promover respeito no trânsito e combater a violência viária. Originado no Chile em 2018, o movimento busca incentivar o ciclismo sem machismo e a autonomia feminina. A concentração será às 15h na Esplanada Ferroviária, com saída às 16h para a Praça do Rádio. O evento inclui alongamento, roda de conversa e recomendações para proteção solar e segurança. A ação, em parceria com a Marcha Mundial das Mulheres, destaca a importância de respeitar veículos menores e visa cidades mais inclusivas e seguras para crianças.

A psicóloga Heblisa Pinheiro de Mello, de 36 anos, uma das organizadoras da ação, contou ao Campo Grande News, que o evento foi criado em 2018, no Chile, com o objetivo de incentivar a liberdade, autonomia e o ciclismo sem machismo nas cidades.

A concentração do evento será às 15h, em frente à Esplanada Ferroviária, na Avenida Calógeras, nº 3015. No primeiro momento da ação, haverá um alongamento conduzido por uma professora de yoga. A saída para o percurso está marcada para as 16h, com destino à Praça do Rádio. Ao final da cicletada, será realizada uma roda de conversa.

As organizadoras orientam que as mães levem canga, água e lanches para compartilhar, além de um kit de reparo para bicicleta. Também recomendam o uso de filtro solar, óculos de sol e boné para proteção.

"Desde 2022 as meninas estão organizando a cicletada em Campo Grande. Este ano fizemos a parceria com a Marcha Mundial das Mulheres, um movimento feminista antigo na cidade, e o coletivo Sempre Vivas. Nos outros anos aconteceu por iniciativa da Massa Critica e Bicicletada CG", explicou Heblisa.

Ela destaca que a cicletada se espalhou pela América Latina por meio de coletivos feministas. "Queremos disseminar e replicar vários conceitos. Na cicletada, priorizamos as crianças e o ritmo delas. Ou seja, nós, adultas, não vamos pedalar rápido. Todo o percurso será no ritmo da criança que estiver mais devagar", explicou.

Movimento feminista latino une ciclismo e luta contra violência no trânsito
Bicicleta com cartaz personalizado no Cicletada de Las Niñas (Foto: Doug/Cicloativismo)

Ainda segundo ela, um dos objetivos é conscientizar condutores de carros e motocicletas sobre a necessidade de respeitar veículos menores. "Na visão de futuro que queremos, as cidades precisam ser acolhedoras e inclusivas para as crianças. Já existem estudos e ferramentas urbanísticas que mostram como é possível reformular a lógica das cidades, reduzindo a velocidade dos carros e favorecendo a mobilidade ativa", destacou.

Heblisa ainda destaca o índice de sinistros de trânsito em Campo Grande e em Mato Grosso do Sul, visto que os condutores andam em alta velocidade. "No Brasil há mais mortes por sinistros de trânsito do que por arma de fogo. Esse conceito de acidente de trânsito ele precisa ser combatido, exterminado, porque as pessoas não podem comparar uma morte acidental a uma morte onde você realmente precisa já tirar uma habilitação", finalizou a ativista.

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