MPE sugere e PM ameaça impedir corrida da Fórmula Truck no domingo
A segunda etapa da Fórmula Truck 2015, prevista para acontecer neste domingo (12) no Autódromo Orlando Moura, saída para Três Lagoas, em Campo Grande, corre o risco de ser cancelada. Ofício encaminhado pelo MPE (Ministério Público Estadual) ao Comando da Polícia Militar sugere o impedimento da prova alegando falta de segurança e licença da Vigilância Sanitária para a realização do evento.
No documento, o Promotor Luiz Eduardo Lemes de Almeida, da 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, solicita ao comando da PM "o efetivo uso do poder de policia, independente de ordem judicial, para impedir a realização de qualquer evento no Autódromo Internacional de Campo Grande, em especial a prova da Fórmula Truck prevista para acontecer neste domingo".
O promotor alega não haver condições de segurança nem conforto para o público com base em vistoria realizada pela Vigilância Sanitária em 05 de novembro de 2014, onde foram encontradas inúmeras irregularidades que infligem o estatuto do torcedor, segundo o promotor.
No entanto, o promotor chega a dizer, de forma contraditória, que o evento não possui a devida licença da Vigilância Sanitária, e tão somente uma “singela e precária autorização”.
Impasse– Por outro lado, o Procurador Geral do Município Fábio Castro Leandro garante que todas os problemas apontados pela fiscalização foram sanados para que o autódromo fosse habilitado para receber a prova.
Segundo ele, diante das modificações, foi concedido a autorização para que o evento pudesse ser realizado normalmente.
“Fizemos uma reestruturação no autódromo. Tudo que precisava ser feito nós fizemos. Está tudo em ordem e a prova deve ser mantida”, disse.
Fábio Leandro acredita que recomendação do MPE não será acatada pela PM, tendo em vista, que eles irão usar do “bom senso”, e verificar que tudo está dentro da regularidade.
Por meio da assessoria de imprensa, a Sejusp (Secretaria de Estado e Segurança Pública) diz não ter conhecimento do óficio encaminhado pelo MPE e, por enquanto, não irá se manifestar.
O comandante da PM, coronel Deusdete Oliveira foi procurado por telefone para comentar a situação, no entanto, até o fechamento desta matéria não atendeu nem retornou às ligações.