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Capital

MS descarta 1ª morte suspeita por chikungunya em 2025, mas casos disparam

Número de pessoas provavelmente infectadas pelo vírus cresceu 557% em comparação a 2024

Por Cassia Modena | 11/02/2025 09:23
MS descarta 1ª morte suspeita por chikungunya em 2025, mas casos disparam
Exames feitos em laboratório para confirmar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (Foto: Divulgação/Prefeitura de Quissamã/RJ)

"Parente" da dengue, a chikungunya causou três mortes em 2023, uma morte em 2024 e nenhuma em 2025 até o momento em Mato Grosso do Sul. Os dados são do Ministério da Saúde.

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O Mato Grosso do Sul descartou a primeira morte suspeita por chikungunya em 2025, mas os casos da doença aumentaram significativamente. Até agora, foram registrados 1.153 casos prováveis, um aumento de 557% em relação ao mesmo período de 2024. A chikungunya, que já causou mortes nos anos anteriores, não tem vacina disponível, e o controle depende da redução do mosquito Aedes aegypti. O estado é um dos focos mais preocupantes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Uma chegou a ser investigada este ano, em Campo Grande, mas foi descartada segundo informou hoje (11) a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Por outro lado, os casos prováveis da doença crescem exponencialmente: cinco vezes mais suspeitas de adoecimento foram registradas até agora no Estado, em comparação ao ano passado.

Disparada - Considerando os dados de 1º de janeiro até 1º de fevereiro deste ano, divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), o aumento é de 557% em comparação ao mesmo intervalo entre as datas no ano passado.

A soma de casos prováveis é de 868, enquanto no mesmo período de 2024, era de 132.

A disparada na quantidade de casos já foi vista em relação a 2023 e 2024, e segue como desafio em 2025. Ela foi assunto em Brasília (DF) no mês passado, durante coletiva de imprensa sobre a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde, do Ministério da Saúde. O Estado foi citado como um dos focos mais preocupantes no Brasil.

Já dados mais atualizados retirados do painel de monitoramento de arboviroses da pasta federal, mostram que casos prováveis totalizam 1.153 até 8 de fevereiro em Mato Grosso do Sul. O aumento também é grande em comparação às mesmas datas em 2023 (+1.195%) e 2024 (+673%).

Confirmados - Os casos positivos para chikungunya no Estado são 64, também segundo os dados mais recentes da SES.

Sonora (18), Pedro Gomes (12), Campo Grande (7), Chapadão do Sul (3), Maracaju (3), Amambai (3), Ivinhema (2), Selvíria (2), Naviraí (2) têm os maiores números de confirmações. Atrás aparecem Três Lagoas, Anastácio, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Glória de Dourados, Dois Irmãos do Buriti, Caarapó, Santa Rita do Pardo, Coronel Sapucaia, Coxim, Paranaíba e Ponta Porã com um caso cada.

Em todo o ano passado, foram 911 confirmados, sendo 10 gestantes.

A doença - Mato Grosso do Sul é um estado endêmico para as arboviroses, como a dengue e a chikungunya, e o verão é a estação mais propícia para a proliferação do mosquito que as transmitem.

Segundo o Ministério da Saúde, são sintomas da doença os seguintes:

  • Febre;
  • Dores intensas nas articulações;
  • Edema nas articulações (geralmente as mesmas afetadas pela dor intensa);
  • Dor nas costas;
  • Dores musculares;
  • Manchas vermelhas pelo corpo;
  • Prurido (coceira) na pele, que pode ser generalizada, ou localizada apenas nas palmas das mãos e plantas dos pés;
  • Dor de cabeça;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Conjuntivite não-purulenta;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor de garganta;
  • Calafrios;
  • Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

Sem vacina - Por enquanto, apenas o controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti é medida possível para deter a chikungunya, pois não há vacina disponível.

Existe um imunizante em fase de estudos, produzido pelo Instituto Butantan e a farmacêutica franco-austríaca Valneva. Testes feitos com adolescentes de 12 a 17 anos em Campo Grande e outras cidades endêmicas do País indicam proteção por mais de um com única dose.

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