Mulher presa por maus-tratos diz que agrediu adolescente por causa de maconha
Segundo o delegado Marcelo Damasceno, a adolescente tinha marcas de arranhões no pescoço e nas costas
A mulher de 32 anos que foi presa ontem (17) por maus-tratos a 7 crianças e adolescentes, sendo três sobrinhos e quatro filhos, confessou que havia batido apenas na filha, de 16 anos, porque a pegou com um cigarro de maconha.
Segundo o delegado Marcelo Damasceno, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), a adolescente tinha marcas de arranhões no pescoço e nas costas.
A mulher negou à polícia ter batido nas outras crianças. Ela confessou apenas a agressão contra a filha mais velha. No entanto, o delegado disse que as vítimas foram ouvidas em depoimento especial e todas confirmaram que sofriam agressões tanto físicas quanto psicológicas por parte da suspeita.
Os três sobrinhos moram com a mulher, porque os pais estão presos. Ainda conforme a polícia, as crianças apresentavam diversas marcas pelo corpo e a mulher justificou dizendo que elas brigam entre si. A suspeita, que vive do trabalho de reciclagem, passará por audiência de custódia na Justiça nesta terça-feira, para definir se ficará presa ou se poderá responder em liberdade.
Caso - Sete crianças e adolescentes foram resgatadas pela Polícia Militar, vítimas de maus-tratos, no Bairro Parque do Lageado. Agredidas com vassouradas e até chutes nas costas, as vítimas apresentavam hematomas pelo corpo.
Conforme boletim de ocorrência, a PM recebeu denúncia relatando que as crianças e a adolescente estavam sofrendo maus-tratos. Quando chegaram no local, em uma breve conversa, as vítimas relataram agressões físicas e psicológicas sofridas, até que foram ameaçadas com uma faca.
A mulher foi presa e levada para a Depca. As crianças foram ouvidas na delegacia, onde relataram que a autora comete as agressões constantemente, inclusive, utilizando pedaço de pau e fio. Conforme o boletim, uma das vítimas apresentava lesões nas costas, depois de levar um chute e outra marcas das agressões pelo corpo por ter apanhado com cabo de vassoura há duas semanas. As outras crianças e adolescentes também possuíam lesões.
