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Capital

Mulher que matou marido é condenada a 1 ano por ocultação de cadáver

A técnica de enfermagem Kátia Regina de Castro foi absolvida da acusação de homicídio qualificado

Ana Paula Chuva | 13/04/2023 15:50
Kátia no banco dos réus durante o julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: Bruna Marques)
Kátia no banco dos réus durante o julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: Bruna Marques)

A técnica de enfermagem Kátia Regina de Castro foi absolvida da acusação de matar o marido ex-servidor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Givaldo Domingos da Silva, mas foi condenada pela ocultação de cadáver, no entanto, a sentença é de um ano em regime aberto. O crime aconteceu em maio de 2017 e o julgamento nesta quinta-feira (13).

Em depoimento, a mulher alegou que agiu em legítima defesa, em briga recorrente para defender o filho, que havia se assumido gay. “Ele veio pra cima de mim, era minha vida ou a dele”, disse Kátia durante o julgamento realizado pela 1ª Vara do Tribunal do Juri, em Campo Grande.

O crime aconteceu dia 6 de maio de 2017, na casa onde a família morava no Bairro Coophavila II. Um mês antes do crime, Givaldo havia pedido a separação após 22 anos de casamento e a intenção seria casar com a mulher com quem mantinha relacionamento extraconjugal, segundo a denuncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Ainda conforme os autos, no dia do crime, Kátia e Givaldo começaram a discutir e então ela o feriu com diversas facadas. Em seguida, a mulher colocou o corpo em uma carriola e o levou até o carro. O cadáver da vítima foi jogado em uma área de matagal às margens da BR-262, onde foi encontrado cinco dias depois.

Kátia durante a investigação confessou o crime e alegou que o marido não aceitava que o filho, então com 15 anos, fosse gay e estaria ameaçando o adolescente, exigindo que ele fosse expulso e casa ou internado, por isso o casal brigava constantemente.

No julgamento desta quinta-feira, Kátia manteve a versão. Já o sobrinho da vítima, o mecânico Evandro Ferreira Ballo, 36 anos, alegou que o Givaldo levava o filho para todos os lugares e que nunca foi homofóbico, mas que a mulher nunca aceitou a separação.

Kátia acabou sendo absolvida da acusação e homicídio qualificado por motivo torpe, mas foi condenada a um ano de prisão em regime aberto pela ocultação de cadáver. A sentença é assinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, presidente da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

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