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Capital

Mulheres se reúnem para plantar girassóis em memória a Marielle Franco

Nesta quinta-feira (14), completam-se 6 anos desde o assaninato da vereadora Marielle Franco e Anderson

Por Idaicy Solano e Antonio Bispo | 14/03/2024 08:05
Coletivo de mulheres negras se reuniram em frente à Casa da Mulher Brasileira para plantar girassóis (Foto: Henrique Kawaminami)
Coletivo de mulheres negras se reuniram em frente à Casa da Mulher Brasileira para plantar girassóis (Foto: Henrique Kawaminami)

Mulheres do coletivo Geni (Grupo de Estudo Sobre Negras Intelectuais), se reuniram na manhã desta quinta-feira (14), com seis girassóis para serem plantados no terreno em frente à Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande. Cada flor representa um ano sem a vereadora Marielle Franco, e seu motorista, Anderson Gomes, assassinados em 2018. Hoje completam-se seis anos desde o crime que gerou grande repercussão e comoção nacional.

O ato também teve um momento especial, em que a psicóloga Maria Carolina Ferreira dos Santos, 25, declamou um poema autoral em homagem ao dia da mulher. “Essa poesia foi mais como um grito, uma forma de dizer que a gente existe e resiste dentro das nossas diferenças, apesar da nossa presença ser muito atravessada pela dor, a gente não se resume a isso”.

Maria Carolina declamou um poema autoral durante ao simbólico em memória de Mariely e Anderson (Foto: Henrique Kawaminami)
Maria Carolina declamou um poema autoral durante ao simbólico em memória de Mariely e Anderson (Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme Ladiely de Souza Silva, representante do coletivo, o ato acontece em todo o País, e a escolha do local foi justamente por ser um prédio destinado a atender mulheres vítimas de violência na cidade.

"Nós sabemos as pessoas que dispararam, mas ainda não sabemos os mandantes deste crime. O nosso ato é simbólico, singelo. Nos reunimos aqui justamente para lembrar dela, e da memória dela, da luta dela, e dizer que as mulheres negras merecem respeito", diz Ladiely.

A assessora parlamentar Caroline Torres, 29, se mudou da cidade do Rio de Janeiro para Campo Grande há sete anos, e pontua que Mato Grosso do Sul é um Estado muito violento para mulheres. "Quando você analisa a questão de ser mulher em Mato Grosso do Sul, parece ser mais perigoso. Você está mais suscetível a ser violentada e menos suscetível a receber um apoio por causa disso".

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