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Capital

Na Capital, acidentes de moto matam quatro vezes mais do que com carros

Cerca de 1,2% dos acidentes com motocicleta tiveram óbitos, enquanto 0,3% dos com veículos registraram vítimas

Guilherme Correia | 08/07/2022 10:49
Motociclista de 21 anos que pilotava moto na Capital morreu, em 2021, após acidente. (Foto: Caroline Maldonado/Arquivo)
Motociclista de 21 anos que pilotava moto na Capital morreu, em 2021, após acidente. (Foto: Caroline Maldonado/Arquivo)

Acidentes com motocicletas são aproximadamente quatro vezes mais letais em Campo Grande, na comparação com os que envolvem carros. Segundo dados do BPMTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), neste ano, foram 1.780 colisões com motos, com 21 vítimas, além de 3.769 ocorrências de veículos, que resultaram em 12 mortes.

Em outras palavras, a cada 84 acidentes com motocicletas, um termina com óbito. Já entre os veículos, uma vítima é notificada a cada 314. Ou seja, cerca de 1,2% dos acidentes com motocicleta tiveram óbitos, enquanto 0,3% dos com veículos registraram vítimas.

Levantamento feito pelo Campo Grande News, com base em dados do SUS (Sistema Único de Saúde), indicam que em uma década, 738 pessoas morreram em acidentes de motocicleta em Campo Grande.

Desses, a maior parte (641) era composta por homens, enquanto as demais vítimas (97) foram mulheres.

Capacete - Conforme o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Mato Grosso do Sul, até junho deste ano, foram 127 multas a motociclistas sem capacete em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), é obrigatório, para circular nas vias públicas, “o uso de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior”.

Em março deste ano, um motociclista colidiu com um Hyundai HB20 na Rua Yokohama. Conforme boletim de ocorrência, ele estava sem capacete e teve diversos ferimentos que provocaram em sua morte, constatada na Santa Casa de Campo Grande.

No fim de junho, homem de 22 anos fugiu de blitz da GCM (Guarda Civil Metropolitana), perdeu o controle e caiu com a cabeça na calçada. Ele também estava sem o equipamento de proteção.

Os dados consultados pela reportagem identificam também que, entre 2011 e 2020, a maior parte (277) das ocorrências que resultaram em óbitos tiveram colisões de motos com caminhonetes e pick-ups.

Em sequência, vieram colisões com objetivos fixos (153), tais como postes ou calçadas, além de veículos pesados (128), como ônibus.

O perfil das vítimas também se destaca entre pessoas de 20 a 29 anos - foram 252 vítimas. Em seguida, vieram pessoas entre 30 e 39 anos (165) e as vítimas de 40 a 49 anos (115).

Conforme o BPMTran, desde o início de 2021, foram 170 acidentes na Avenida Afonso Pena, 134 na Avenida Guaicurus e 109 na Avenida das Bandeiras.

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