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Capital

Na despedida, Joel é lembrado como alguém que não se aposentou por amar polícia

Policial civil foi baleado durante tentativa de assalto, mas não resistiu aos ferimentos e morreu

Kerolyn Araújo e Bruna Marques | 21/08/2020 10:31
Policiais do GOI, que trabalhavam com Joel, chegando ao velório. (Foto: Kísie Ainoã)
Policiais do GOI, que trabalhavam com Joel, chegando ao velório. (Foto: Kísie Ainoã)

Morto a tiros na tarde de ontem (20) durante tentativa de assalto no Jardim Leblon, em Campo Grande, o policial civil Joel Benites, 53 anos, está sendo velado na manhã desta sexta-feira (21) no Cemitério Memorial Park. Ele era agente do GOI (Grupo de Operações e Investigações).

Emocionadas, aproximadamente 100 pessoas, entre familiares e amigos, se despedem do policial desde às 9h. O sepultamento está marcado para 10h30. A imprensa foi impedida de se aproximar da capela onde o corpo está sendo velado.

À reportagem, o investigador da Polícia Civil, Alvimar Valério, contou que trabalhou com Joel no Garras (Delegacia Especializada de Repressão de Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) por mais de 10 anos.

"Éramos da mesma equipe. Um verdadeiro policial, brincávamos no dia-a-dia que era polícia raiz, polícia de verdade. Uma pessoa sempre tranquila, na dele, ouvia sempre o que era passado e acatava tudo o que a chefia mandava. Extremamente família, mexia com caridade, ajudava muitas pessoas", contou o investigador.

Alvimar Valério, amigo de Joel, contou que policial não queria se aposentar. (Foto: Paulo Francis)
Alvimar Valério, amigo de Joel, contou que policial não queria se aposentar. (Foto: Paulo Francis)

Segundo Alvimar, Joel, que estava na Polícia Civil há mais de 30 anos, não queria se aposentar. ''Não se aposentou porque adorava a polícia, vivia a profissão 24 horas por dia. Eu sempre brincava dizendo para ele se aposentar, mas ele falava 'a polícia tá no sangue, eu vou até o fim'. E, infelizmente, isso aconteceu", disse.

O diretor do GOI, delegado Fabiano Nagata, contou que o colega era um exemplo de policial. ''Trabalhei com ele muitos anos. Era uma pessoa que nunca teve desabono profissional e deixa muitas lembranças boas, uma pessoa boa de ficar perto. O jeito que estamos perdendo policiais é muito trágico, inesperado, pega a gente de surpresa. É uma situação muito triste", disse.

O caso - Joel chegava na casa da filha, na Rua Tupi, quando foi abordado pela dupla logo após descer do carro. O policial reagiu, houve trocas de tiros e os ladrões fugiram a pé após balear a vítima.

O agente chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu ao dar entrada UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon.

Logo após o crime, Carlos Batista Lima, 28 anos, e Mateus Fernandes Araújo, 21 anos, foram presos. Carlos foi baleado durante a tentativa de assalto e está internado sob escolta na Santa Casa.

Carro da funerária entre entre dezenas de policiais no Memorial Park. (Foto: Paulo Francis)
Carro da funerária entre entre dezenas de policiais no Memorial Park. (Foto: Paulo Francis)


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