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Capital

Na saída para Rochedo, o jeito é escolher em qual cratera cair

Principais avenidas da região estão tomadas por buracos, uma delas aguarda obras de duplicação

Ricardo Campos Jr. | 21/01/2016 16:10
Buraco na Avenida Euler de Azevedo (Foto: Gerson Walber)
Buraco na Avenida Euler de Azevedo (Foto: Gerson Walber)
Buraco próximo ao Detran força motoristas a invadirem contramão (Foto: Gerson Walber)
Buraco próximo ao Detran força motoristas a invadirem contramão (Foto: Gerson Walber)

Na região da saída de Campo Grande para Rochedo, várias ruas estão tomadas por buracos e, em alguns casos, os motoristas não têm sequer como desviar, tendo que escolher em qual cratera cair. O jeito é reduzir a velocidade para não estragar os automóveis, complicando o trânsito. Nas avenidas Euler de Azevedo e Getúlio Vargas, a situação é mais crítica, tendo em vista a importância delas como vias de acesso.

Em frente ao Detran, por exemplo, uma fenda na pista aumenta o risco de acidentes, tendo em vista que pelo local transitam de caminhões a carros de passeio. Isso sem contar os buracos menores. Na tentativa de evitá-los, alguns condutores entram na contramão.

Quem mora e trabalha na região da Euler, ouve desde o ano passado a promessa de que o local passará por obras de duplicação, e continuam convivendo com os problemas enquanto aguardam a solução. “Para mim, é falta de planejamento e respeito com quem votou, com o próprio eleitor. A avenida tinha que ser prioridade, já que ela dá acesso para a cidade”, opina o motorista Edilson Dias, 36 anos.

“É uma irresponsabilidade. A mais problemática está sendo essa avenida. O poder público promete, promete e falta cumprir, só não sabemos quando”, diz o encarregado de produção Adir Ferreira dos Santos, 40 anos.

Sulamara Sampaio, 27 anos, reclama do risco de acidentes, principalmente para os motociclistas. “Está bastante esburacado, tem uma cratera grande em perto do Detran. É uma irresponsabilidade”, diz.

No início do ano, o secretário de Estado de Infraestrutura e diretor-presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Marcelo Miglioli, garantiu que as obras na avenida deveriam começar até março.

Vários buracos na Euler de Azevedo (Foto: Gerson Walber)
Vários buracos na Euler de Azevedo (Foto: Gerson Walber)

O valor total do contrato é de R$ 14,7 milhões e o prazo para a execução será de um ano, contado a partir do início dos trabalhos no canteiro de obras. O lote 1 que compreende dois quilômetros e meio vai da Avenida Presidente Vargas até um trecho além do Detran/MS e o lote 2, que começa antes do Centro de Pesquisa da Agraer e segue até o o anel rodoviário na saída para Rochedo.

Uma das empresas que irá assumir a obra é a Construtora Industrial São Luiz S/A, que cobrou R$ 6.106.804,71 pela duplicação de um trecho de 4,5 quilômetros da avenida, que começa na Avenida Presidente Vargas, passa em frente do Campus da UEMS e termina na MS-080.

Buraco na Avenida Presidente Vargas é praticamente impossível de ser desviado (Foto: Gerson Walber)
Buraco na Avenida Presidente Vargas é praticamente impossível de ser desviado (Foto: Gerson Walber)
Sem alternativa, motorista passa dentro de buraco (Foto: Gerson Walber)
Sem alternativa, motorista passa dentro de buraco (Foto: Gerson Walber)

Na Presidente Vargas, a situação está ainda mais caótica. O frentista Marcos Aurélio trabalha em frente à rotatória no cruzamento com a Rua Fernando de Noronha e afirma que ele mesmo caiu de moto ao passar por uma cratera no fim de semana. Enxurrada com lama que empoça no trecho é um agravante, pois impede a visualização das fendas.

“Eu caí no último domingo. Na segunda, caíram um rapaz e depois uma moça. Já estouraram mais de vinte pneus no local”, conta. Segundo ele, o problema é a falta de conhecimento da via. Quem passa no local de vez em quando está mais suscetível a cair nos buracos. “Quem mora na região, já conhece”.

O local passou por tapa-buraco no começo do mês, mas novos remendos são necessários no local.

Na mesma avenida, em frente ao Colégio Militar, tem buraco nas duas mãos, sendo impossível desviar. “Está muito ruim. Falta planejamento”, opina o comerciante Aristácio Alves Sobrinho, 42 anos.

A fama de cidade esburacada já está se espalhando pelos municípios vizinhos. O pecuarista Admilson Lopes Costa, 40 anos, vive em Rochedo e afirma ter ouvido falar sobre o problema no asfalto “e está ruim mesmo. Todo ano tampa, chove e abre de novo, só que agora está pior”, afirma.

Trecho da Presidente Vargas tem buracos nas duas mãos (Foto: Gerson Walber)
Trecho da Presidente Vargas tem buracos nas duas mãos (Foto: Gerson Walber)
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