“Não existe mais ano novo”, diz pai de jovem assassinado em briga de trânsito

“Ele não era só um filho, era meu parceiro, meu braço direito, eu to completamente abalado, não só eu, mas a família toda”, é assim que Francisco Freitas, ou Chiquinho, como é conhecido, se refere à tragédia que aconteceu na madrugada deste domingo (1º) no município de Bonito, cidade que fica a 298 km da Capital.

Para a família do Thiago Freitas, de 33 anos, assassinado com dois tiros na cabeça com uma arma calibre .40, o ano começou com um monte de questionamento: por que isso aconteceu e onde está o assassino?

Seu Francisco contou ao Campo Grande News que eles tinham vários planos para hoje (1°) e amanhã (2), as férias só acabariam na terça-feira. “Eu só sei que ele falou que tava indo pegar o carro, era um pouco depois da meia-noite, a gente viu a queima de fogos. Só que ele foi e tava demorando muito, a gente ligou várias vezes e não dava em nada, foi quando eu recebi uma ligação pedindo para eu ir até a delegacia, e foi assim que eu fiquei sabendo, que meu filho foi morto covardemente”, lamentou Chiquinho.

O empresário, de 57 anos, disse que ainda não teve coragem para contar aos netos de 10 e 6 anos que eles não têm mais o companheiro de tudo, “se fosse para andar de bicicleta no parque era o pai !, se fosse pra brincar na rua era o pai !, o pai era tudo para os meus netos. Pra mim não existe mais ano novo, não tinha jeito pior para o ano começar”, finalizou.

A Polícia Civil está investigando o caso que foi registrado como homicídio simples, segundo informações, a equipe foi acionada por volta da 1h. Algumas testemunhas disseram que a vítima, de 33 anos, havia se desentendido com um pedestre que durante a discussão sacou uma arma e fez dois disparos contra Thiago.

Thiago não resistiu aos ferimentos e morreu no local, já o autor fugiu levando a arma. A polícia segue na procura do autor.