No 2º dia de paralisação, aeroporto de Campo Grande registra outro atraso em voo
Aeronave já deveria ter saído do Aeroporto de Congonhas (SP) e não tem nem previsão de chegada a Campo Grande
No segundo dia de paralisação dos pilotos e comissários, aeroportos voltaram a registrar atrasos. Em Campo Grande, passageiros aguardam a chegada de voo vindo de Congonhas, que deveria pousar às 7h45, mas nem saiu de São Paulo e não tem horário previsto de decolagem.
A greve começou ontem, sendo realizada das 6h às 8h em aeroportos de São Paulo, Guarulhos, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
O Aeroporto Internacional de Campo Grande sofre os efeitos da paralisação, ainda que em menor intensidade. Logo cedo, o movimento estava normal: o voo das 7h15 da Latam, por exemplo, vindo de Guarulhos, chegou no horário e voltou dentro do horário previsto.
Porém, o voo 1458 da Gol, com destino a Congonhas, ainda nem decolou do aeroporto em São Paulo, conforme monitoramento realizado pela reportagem em site de controle. A reportagem apurou que, para chegar no horário, ele já deveria ter saído da capital paulista e, por ora, não foi dada qualquer previsão de decolagem.
A maioria dos passageiros já está no setor de embarque, aguardando a chegada do voo. No saguão, encontramos a família da paisagista Ivane Ceron, 58 anos. Ela, o marido, a nora e o neto vão passar o Natal em Florianópolis (SC) e farão escala em São Paulo.
“Fomos comunicados da troca de voo de São Paulo para Florianópolis, mas sobre o atraso daqui, ainda não fomos informados; mas como sempre prevemos um atraso, de boa”, disse, tranquila. Com ou sem greve, Ivane já passou por outras experiências de atraso, como a do mês passado, quando o voo atrasou 2 horas e, ao invés de chegar às 15h em Gramado (RS), somente desembarcou no destino final às 21h. “Não dá para estressar, estamos na chuva para nos molhar”.
A reportagem entrou em contato com a Gol para mais informações sobre o atraso e aguarda retorno. Também enviou pedido de resposta à Infraero para saber a dimensão dos atrasos no País, mas não houve resposta. O G1 relatou que, em Congonhas, logo por volta das 7h, foram seis cancelamentos e oito atrasos.
Já em Cumbica, a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, registrava três voos atrasados e nenhum cancelado.
Greve - A categoria cobra melhores condições de trabalho, além de reajustes salariais. Na sexta, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a manutenção de 90% dos aeronautas em serviço no caso de greve da categoria.
A decisão é uma resposta à ação judicial do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) contra o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).