No inverno e com tempo seco, dengue causa a 11ª morte no Estado
Mais uma pessoa morreu em decorrência da dengue no Estado, conforme dados do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, nesta quarta-feira (12). Ao todo, desde o início do ano, já são 11 mortes. O óbito mais recente foi registrado em Dourados, que agora conta com duas mortes em 2015.
O que mais causa supresa são as mortes registradas no inverno e com o tempo seco, época em que ñão há grande proliferação do mosquito, o que exige atenção da população, que deve continuar com as ações preventivas.
O relatório ainda aponta 29.100 casos suspeitos da doença em todo o Estado, um aumento de 115 casos em relação ao boletim da semana passada, o que configura uma leve queda no número de notificações, já que nas semanas anteriores os dados acusavam mais de 200 novos casos. O total de notificações entre os dias 2 e 8 de agosto, foi de 65.
O número de municípios que continuam registrando alta incidência de dengue permanece em 63, com Iguatemi ainda no topo, totalizando 1.280 casos. A Capital seguem em 47º lugar, com 5.380 notificações.
Prevenção - No entanto, já pensando na próxima temporada de chuvas e no verão de 2016, a coordenação estadual de controle de vetores iniciou, há pelo menos um mês, um trabalho de intensificação de visitas aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, que tem o objetivo de reduzir, em pelo menos 50% o número de casos no próximo ano.
O coordenador estadual Mauro Lúcio Rosário explica que os gestores municipais estão finalizando a entrega dos planos de contingência para serem analisados e através desses projetos, os técnicos do Controle de Vetores podem analisar de que forma é possível oferecer suporte ao combate do mosquito transmissor. “Por exemplo, se começam a surgir casos na cidade, precisamos fazer o bloqueio químico e nós ajudamos enviando máquinas e técnicos para aplicar o inseticida”, diz.
Diariamente, 30 técnicos visitam o interior promovendo palestras com as comunidades e gestores, além de capacitar os funcionários do setor de Saúde, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de manter os imóveis livres de focos.
“Se não houver parceria da população, não vamos controlar a doença”, ressalta Mauro. Ele reitera que 95% dos focos estão dentro das residências, por isso, além do trabalho educativo, os técnicos também decidiram vistoriar primeiro os imóveis fechados e abandonados, através de um mapeamento pré-estabelecido pelas prefeituras.
“Estamos visitando primeiros esses locais, que sempre causam mais problemas. A ideia é buscar a sensibilização dos donos para facilitar nossa entrada nesses imóveis”, diz Mauro. O coordenador afirma que até o momento as equipes vem sendo bem recebidas nos municípios e os gestores tem demonstrado preocupação com a incidência da doença.
“Precisamos intensificar as ações educativas antes do período de chuvas, mas a reuniões estão surtindo efeito e as pessoas estão unidas no combate”, afirma.