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Capital

Novo reitor da UFMS promete buscar parcerias e não cortar gastos

Nyelder Rodrigues e Anahi Zurutuza | 08/11/2016 20:51
Turine recebeu capelo branco das mãos da atual reitora e passou a presidir a sessão solene (Foto: Marcos Ermínio)
Turine recebeu capelo branco das mãos da atual reitora e passou a presidir a sessão solene (Foto: Marcos Ermínio)

O novo reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marcelo Augusto Santos Turine, começou a gestão garantindo não realizar corte de gastos, apesar da crise nacional, e afirmando que vai buscar parcerias para que a universidade siga se desenvolvendo.

A posse de Turine ocorre na noite desta terça-feira (8) no teatro Glauce Rocha - que fica no campus da instituição em Campo Grande. O evento conta com a participação de várias autoridades, entre elas o governador Reinaldo Azambuja.

"O fortalecimento do Estado depende de parcerias. Quero uma universidade parceira, porque é ela quem gera conhecimento para os governos e para as empresas", comenta o novo reitor, que antes era diretor-presidente do Fundect.

Questionado sobre corte de gastos por causa da crise, Turine diz que não haverá enxugamento, porém não será promovida a expansão da estrutura atual. "Não vamos aumentar quantidade de cursos e campi, mas vamos aumentar a qualidade buscando parcerias com iniciativa privada e governos também. temos vários projetos", frisa.

Entre os projetos apontados pelo reitor está a criação de uma pró-reitoria que funcionaria como uma ouvidoria, acompanhando as demandas dos alunos. "Por ser professor e ouvir diretamente eles [os alunos], surgiu essa ideia, uma pró-reitoria que abre diálogo direto com os alunos".

Reinaldo diz que vai procurar Turine para discutir sudo do Morenão pelo Governo do Estado (Foto: Marcos Ermínio)
Reinaldo diz que vai procurar Turine para discutir sudo do Morenão pelo Governo do Estado (Foto: Marcos Ermínio)

Turine recebe a UFMS com o quarto maior orçamento entre instituições públicas de Mato Grosso do Sul, contando com R$ 677 milhões para 2017. Deste valor, 77% são usados em folha de pagamento. "Isso acontece justamente porque a universidade busca qualidade de quem vai ensinar", explica.

Atualmente, a UFMS conta com 11 campi no Estado, oferecendo 102 cursos de graduação e 50 de pós-graduação. "É uma responsabilidade muito grande, mas basta ter a questão da governança e olhar para as metas da universidade", diz Turine.

Já o governador Reinaldo Azambuja destaca que as expectativas para essa nova gestão na universidade são as melhores, sendo que a instituição tem contribuído muito com o Estado.

"Esperamos mais ainda. Já temos parcerias, e o que podemos fazer é reforçar isso para ajudar no desenvolvimento do Mato Grosso do Sul, principalmente nas áreas de ciência e tecnologia". Reinaldo também comentou sobre o interesse no Governo do Estado em usar o estádio Morenão.

"Nossa ideia é realmente transformar o Morenão em uma arena de esporte e cultura, discutindo e formatando um convênio maior para realização de shows e eventos culturais, além dos esportivos", disse o governador, completando. "Temos que formatar esse convenio direitinho, é uma das coisas que vamos conversar com o reitor".

Crescimento - De saída do reitoria, Célia Maria Silva Correa Oliveira, destacou que no período em que comando a universidade, foram construídos 60 mil m² de prédios para receber os alunos, além de 1 mil professores e 800 técnicos contratados. Mais 50 graduações e 33 pós-graduações foram incluídas, com 6 mil novas matrículas.

"Tudo isso só me faz ficar agradecida por tudo que conseguimos fazer. Agradeço a comunidade universitária e a minha equipe e desejo boa sorte ao novo reitor", comenta Célia, que ficou oito anos no cargo. Durante a gestão dela, a UFMS aderiu ao Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do Governo Federal.

"Buscamos nos aproximar da comunidade, tanto é que criamos nossa rádio FM. Foram sete anos lutando para isso e conseguimos esse ano. A universidade saiu dos seus muros, temos vários projetos de extensão que mudaram vidas e acredito que isso terá continuidade", discursou Célia.

Além disso, ela afirmou que deseja a Turine que, quando encerrar o trabalho frente à reitoria da UFMS, saia tão feliz quanto ela está saindo hoje. Célia é professora originária do departamento de Química, mas ainda não sabe quando deve voltar ao setor, porém adianta que quer atuar na área de pesquisas.

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