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Capital

Obra inacabada de Emei acumula lixo e vira abrigo para usuários de droga

Prefeitura afirma que licitação será lançada este mês e obras serão retomadas no próximo semestre

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 13/06/2022 09:38
Roupas, telhas e garrafas mostram que há movimentação de gente no local. (Foto: Henrique Kawaminami)
Roupas, telhas e garrafas mostram que há movimentação de gente no local. (Foto: Henrique Kawaminami)

Obra de uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) localizada na Rua Lucena, no Jardim São Conrado, em Campo Grande, que deveria atender a comunidade, segue parada acumulando lixo e servindo de abrigo para usuários de droga, principalmente no período da noite, o que causa insegurança aos moradores da região.

O prédio, que ocupa uma quadra inteira, está sendo depredado, conforme relatos dos moradores. O pedreiro William dos Santos Pereira, de 33 anos, mora em frente ao local há 14 anos. Segundo ele, já tem muito tempo que a obra está parada, servindo de motel, de moradia para ladrões e de usuários de drogas. "Aí tem de tudo. Inclusive, já furtaram telhas, portal de janelas e portas do prédio. Estão arrancando tudo. O que tem e dá pra levar, eles estão levando. Isso causa muita insegurança para quem mora na redondeza”, lamentou.

Algumas das telhas que já foram levadas durante furto. (Foto: Henrique Kawaminami)
Algumas das telhas que já foram levadas durante furto. (Foto: Henrique Kawaminami)

Segundo William, “frequentadores” da obra já entraram na residência dele, não levaram nada, mas fizeram muita bagunça. “Entortaram a porta e quebraram o vidro do meu carro. Fizeram um fuzuê danado dentro de casa. Eles [a prefeitura] deveriam concluir logo essa escola. Se terminasse, ia ficar bom. Aqui na região tem muitas crianças que precisam”, contou.

Nesta manhã, a equipe de reportagem não encontrou ninguém ocupando o prédio, mas havia roupas, colchão, lixos, garrafas, pedaços de sofá, demonstrando que há movimentação de pessoas no local. A servidora pública Jaqueline Santos, de 33 anos, disse que os moradores sempre reclamam da situação, mas o problema nunca é resolvido.

“Dos 8 anos que eu moro aqui, nunca vi ninguém mexendo nessa obra. Ali ficam muitos usuários de droga à noite e o prédio serve de abrigo também para animais peçonhentos, escorpiões e cobras, que já apareceram na minha casa. Eles [prefeitura] deveriam dar continuidade na obra ou liberar o terreno para construção de casas populares”, disse.

Pedaço de sofá velho jogado no terreno onde fica a construção. (Foto: Henrique Kawaminami)
Pedaço de sofá velho jogado no terreno onde fica a construção. (Foto: Henrique Kawaminami)

Indagada, a assessoria de imprensa da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) respondeu que uma licitação deve ser lançada ainda neste mês para retomada das obras no 2º semestre.

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