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Capital

Odonto e enfermagem não aceitam proposta e negociação segue aberta

Nyelder Rodrigues e Lucas Junot | 04/07/2017 22:22
Propostas, negadas em assembleia, foram propostas pela prefeitura ne(Foto: Divulgação/PMCG/Arquivo)
Propostas, negadas em assembleia, foram propostas pela prefeitura ne(Foto: Divulgação/PMCG/Arquivo)

Além dos médicos, os profissionais de odontologia e enfermagem da prefeitura de Campo Grande também não aceitaram as propostas salariais oferecidas na segunda-feira (3) pelo Executivo, ficando então de realizar uma contraproposta a ser analisada pela equipe financeira do município.

Em assembleias, Sinte-PMCG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem do Município de Campo Grande) e Sioms (Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso do Sul) recusaram a proposta de incorporação de 50% da remuneração paga em gratificações ao salário-base.

No caso da enfermagem, a contraproposta foi entregue nesta terça-feira (3) para a Secretaria de Gestão, informa o presidente do Sinte, Hederson Fritz, que também é vereador pelo PSD - mesmo partido do prefeito Marquinhos Trad.

"Dentro da nossa observação, a proposta não contemplava a categoria. Então elaboramos a contraproposta pedindo a que haja a incorporação de 100% do abono salarial (R$ 750) e, em contrapartida, a redução dos plantões. Isso seria feito de forma conjugada com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública)", explica Fritz sobre o pedido para enfermeiros.

Já para os técnicos de enfermagem, o sindicato incluiu na contraproposta o retorno do pagamento da Bolsa-Alimentação, retirada por decreto da prefeitura em 1º de junho, e também que sejam criados turnos de 30h por semana para as equipes de urgência e emergência e serviços similares.

Outro ponto da contraproposta é a criação de um abono da referência 13A, que giraria em torno de R$ 300, e criação de "plantões cinderelas" para os técnicos, evitando assim que haja prejuízo na assistência à sociedade com a redução dos plantões. Os "cinderelas" são plantões em que há redução de efetivo após a meia-noite.

"Esse abono da referência 13A não seria um dinheiro novo. Ele seria um valor que a prefeitura economizaria em alguns plantões e seria rateado entre os técnicos", completa Friz, comentando também que as negociações seguem abertas e não há perspectiva alguma, por ora, de realização de greve pela categoria.

Odonto e médicos - Já os odontologistas gostaram do formato da proposta - com incorporação de adicionais -, porém também não aprovaram e fecharam o acordo por discordarem dos valores oferecidos.

"A categoria aprovou o formato em anexar benefício já pago em forma de produtividade, mas retornamos hoje para revisão de alguns cálculos", conta a presidente do Sioms (Sindicatos dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul), Marta Maria Duarte Brandão. Não foi especificado quais seriam os pedidos da contraproposta.

No caso dos médicos, a proposta feita segunda-feira (3) foi rejeitada e também hoje foi entregue uma contraproposta. A negociação iniciou em abril e, inicialmente, o pedido feito era de 27,5%.

A prefeitura ofertou subir de 12h para 24h semanais a jornada e reajuste de 138,4% no salário-base com a incorporação de gratificações. A proposta foi recusada e, a partir, iniciada uma longa celeuma, que resultou até em quatro dias de greve.

Na segunda-feira, a prefeitura apresentou uma proposta que visava dar mais segurança financeira aos profissionais das três categorias, mas sem impactar na folha salarial, já no limite. Com isso, foi oferecido basicamente, reajuste de 15% para ambas, a partir de incorporação de 50% das gratificações recebidas.

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