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Capital

Olarte reduz carga-horária e impede nova greve de servidores municipais

Alan Diógenes | 07/05/2015 20:57
Presidente do Sisem, Marcos Tabosa, explica aos servidores como será na prática as propostas feitas pelo prefeito. (Foto: Fernando Antunes)
Presidente do Sisem, Marcos Tabosa, explica aos servidores como será na prática as propostas feitas pelo prefeito. (Foto: Fernando Antunes)

Após cogitarem paralisar as atividades devido a crise financeira que enfrenta a Prefeitura de Campo Grande, os servidores municipais voltaram atrás e desistiram da greve. A decisão foi tomada em conjunto com cerca de 30 trabalhadores, na noite desta quinta-feira (7), na sede do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais), no Bairro Monte Líbano, na Capital.

Conforme o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, o prefeito Gilmar Olarte (PP) prometeu reduzir a carga horária de algumas categorias, não reveladas, de 40h para 30h, ou seja, estes servidores irão trabalhar 6h por dia e não mais 8h. “Ele falou que vai regulamentar tudo isso através de decreto que deve sair nos próximos dias no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande)”, explicou.

Segundo Tabosa, Gilmar Olarte afirmou ainda que vai beneficiar alguns servidores como: agentes comunitários, agentes de endemias e funcionários de Ceinfs (Centros de Educação Infantil) com bolsa alimentação. O benefício adicional Pró-Funcionário também deve passar por ajustes. “Foram as propostas apresentadas, e nesta reunião os servidores aceitaram a decisão”, comentou.

A informação foi repassada pela comissão formada pelo prefeito para acompanhar as negociações. Fazem parte dela o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, André Scaff e o adjunto Ivan Jorge, e o secretário de Administração, Wilson do Prado.

Apesar do acordo, o sindicato pretende ainda entrar com uma ação judicial no dia 4 de julho deste ano para obter reposição “inflacionária” nos salaários, de acordo com Tabosa.

Crise - O secretário de Governo e Relações Institucionais, Rodrigo Pimentel, disse anteriormente ao Campo Grande News, que o problema financeiro é resultado de várias ações. Ele citou corte no repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 25% para 21%, de 2012 a 2014. “Cada 1% representa quase R$ 5 milhões”, revelou.

O secretário informou ainda que Campo Grande não seguiu, na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), média histórica e deixou de arrecadar cerca de R$ 450 milhões em um ano. “A média histórica era de crescimento de 18% da arrecadação, mas, em 2013, no governo de Bernal, o crescimento foi de apenas 3%”, explicou.

Além disso, Pimentel disse que, nos três primeiros meses do ano, o repasse dos recursos federais baixou entre 30% a 40%. “Fora isso, a gestão assumiu uma série de reajuste salariais, só aos professores o aumento foi de 24%”, acrescentou.

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