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Capital

Operação 'Ferro Velho' apreende quase 2 toneladas em cobre sem procedência

Dentro de um ano, esta foi a maior apreensão de material suspeito de furto

Cleber Gellio | 22/02/2022 12:33
Funcionários da Enrgisa analisam material encontrado em empresa. (Foto: Marcos Maluf)
Funcionários da Enrgisa analisam material encontrado em empresa. (Foto: Marcos Maluf)

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) apreendeu nesta terça-feira (22), por meio da Operação 'Ferro Velho', 1.782 quilos de cobre, avaliados em aproximadamente R$ 72 mil. O material estava armazenado em um comércio de recicláveis, localizado na Avenida Gury Marques, no Bairro Alves Pereira, em Campo Grande.

Este é o maior volume já apreendido desde o ano passado, quando iniciaram as ações de combate. Anteriormente, eram recolhidos em média 200 quilos a cada ação. De acordo com o comandante Trindade, da GCM. Foi necessário acionar um caminhão da Prefeitura para fazer a remoção do material, devido ao volume. Já o proprietário do estabelecimento, que não apresentou notas fiscais sobre volume apreendido, foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, para prestar depoimento.

Parte do produto, cerca de 600 quilos, estava alocado em um único compartimento. “Ele [proprietário] disse que comprou de um fornecedor de Aquidauana (141 km distante da Capital), mas não mostrou nenhum documento que comprovasse a aquisição". Já o restante do material normalmente é adquirido em pequenos volumes e é mais complexa a comprovação de origem.

Este foi terceiro ponto vistoriado pelos agentes, que nas duas batidas anteriores, realizadas na região central da cidade, não encontraram irregularidades. Já na apreensão desta manhã, ainda segundo o comandado da operação, além de o dono do local não apresentar notas fiscais, "a empresa não dispunha de alvará de funcionamento".

Por se tratar de fios com características suspeitas de produto de furto, uma equipe da empresa fornecedora de energia na Capital, foi acionada para reconhecer o material. “Como já temos experiência com esse tipo de situação, percebemos que tratava-se de fios de alta tensão e chamamos os profissionais da empresa para fazer esse reconhecimento, mas como os fios estão queimados, nesse primeiro momento é difícil fazer essa identificação”, explicou Trindade.

De acordo com o comandante, a operação é contínua e está em andamento há aproximadamente um ano e conta ainda com a participação da Polícia Civil e Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana), e visa combater furtos de metais como fiação elétrica e tampas de bueiro. O prejuízo já passa de R$ 1 milhão. “O objetivo é coibir a receptação, porque este tipo de delito só ocorre porque tem quem compra”, finalizou Trindade.

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