Operação prende envolvidos em assassinato de casal esquartejado e carbonizado
Mandados de prisão temporária e de busca e apreensão são cumpridos contra suspeitos nesta manhã
Equipes da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), com apoio de outras duas delegacias especializadas, cumprem nesta manhã (24) mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra suspeitos de assassinar Priscila Gonçalves Alves, de 38 anos e do marido dela, Pedro Vilha Alta Torres, de 45 anos. O crime aconteceu em agosto deste ano e os corpos foram deixados carbonizados às margens da BR-262.
De acordo com o delegado Carlos Delano, responsável pelas investigações do crime, já foram cumpridos nesta quarta-feira dois mandados de prisões temporárias contra envolvidos no homicídio. Além disso, as equipes visitaram seis endereços ligados aos suspeitos, nos bairros Vivendas do Parque e Panorama.
Em um deles, o alvo da ação entrou em luta com um dos policiais e tentou tomar a arma da sua mão, por isso, acabou detido e levado para a delegacia.
A ação ainda reúne possíveis testemunhas do crime. Em pouco mais de uma hora de ação, oito pessoas foram à unidade policial para prestar depoimento sobre a morte do casal. Elas são levadas por equipes da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).
Priscila e Pedro Vilha foram encontrados mortos no dia 16 de agosto. Seus corpos foram esquartejados e carbonizados em um terreno baldio às margens da BR-262. Conforme apurado pela reportagem, o casal foi visto com vida pela última vez em uma boca de fumo da região. Durante as investigações, as equipes refizeram os passos das vítimas para chegar aos autores.
Pedro e Priscila estavam juntos há 12 anos. Se casaram escondidos e tiveram duas filhas. Conforme apurado pela reportagem, o relacionamento foi marcado pelo vício em drogas e prisões, principalmente do homem.
Esse histórico de envolvimento dos dois com o tráfico de drogas, segundo o relato dos próprios parentes, os levaram cometer pequenos furtos para manter o vício. Em janeiro deste ano, a mãe da Priscila chegou a procurar a polícia para denunciar que vinha sofrendo constantemente com os crimes dentro de casa.
Eles levavam eletrodomésticos da casa para comprar drogas e os crimes sempre acabavam em discussão. Em uma das brigas delas, Pedro ameaçou comprar uma arma e matar os irmãos da sogra. Foi o medo que levou a mulher de 57 anos à polícia.
Esses furtos cometidos pelo casal estão entre as linhas de investigação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), como possíveis motivações para o crime.