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Pagar recompensa por pets sumidos é ato de desespero, mas o certo é prevenir

Campo Grande News recebe, pelo menos, 1 anúncio de recompensa por dia para quem achar cães ou gatos perdidos

Clayton Neves | 17/06/2021 17:08
Cachorrinha Estella desapareceu na semana passada e donos pagaram recompensa de R$ 5 mil. (Foto: Direto das Ruas)
Cachorrinha Estella desapareceu na semana passada e donos pagaram recompensa de R$ 5 mil. (Foto: Direto das Ruas)

Ato de desespero de quem perdeu um animalzinho de estimação, o pagamento de recompensa viralizou em Campo Grande. Nas últimas semanas, ofertas que chegaram a R$ 5 mil tomaram conta das redes sociais. Somente nos últimos dias, o Campo Grande News recebeu cinco pedidos de publicação que tinham até R$ 1.500 como valor de compensações. De gato a cachorro, pagar parece a última chance de reaver o pet. Diante do aumento de donos desesperados, especialistas fazem lembrar da velha premissa: é melhor prevenir, que remediar.

Alaska está desaparecida e recompensa é de 1.500 para quem achar.
Alaska está desaparecida e recompensa é de 1.500 para quem achar.

“Na grande maioria dos casos há uma falta de cuidado e responsabilidade dos tutores, especialmente na hora de abrir portões para sair de casa”, avalia Patrícia Cabral, protetora de animais e voluntária da ONG Anjos de Quatro Patas. No entanto, ela pontua que em alguns casos, realmente o desaparecimento é uma fatalidade. "Existem casos de bandidos que invadem casas para roubar cachorros de raça para que eles procriem e esses criminosos lucrem com isso”, afirma. Por isso, uma das dicas é que os animais sejam castrados para que saiam da mira de grupos assim.

Além disso, Patrícia adverte para um detalhe simples que é pouco observado por quem tem um bicho em casa. “Tem que chipar, colocar plaquinha com número de telefone. É algo rápido, mais barato que uma recompensa e facilita que pessoas com boa intenção devolvam o animal que se perdeu”, completa.

Sobre a oferta de recompensa, a protetora afirma que entende como gesto de desespero. “Tenho um amor imenso pelos meus 12 cachorros e dois gatos e também faria isso por eles. Também acho que em alguns casos, para pessoas má intencionadas o dinheiro seria até mais atrativo do que a venda do animal”, finaliza.

Delegado titular da Delegacia de Proteção aos Animais, Maércio Barboza explica que não há uma legislação sobre a oferta de dinheiro para quem procura e encontra um bicho perdido, no entanto, a polícia entra no caso quando a entrega fica condicionada ao recebimento de algum benefício. “ Encontrar um animal e exigir dinheiro ou alguma coisa em troca configura crime”, relata.

Além das plaquinhas com telefone e endereço lembradas pela protetora Patrícia, quem tem um pet tem a opção de instalar um chip de rastreio no animal. O serviço é feito de graça para gatos no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da Capital e na rede particular, custa entre R$ 50 e R$ 100. Uma boa opção para não se desesperar em caso de fugas.

Sumida desde terça-feira (15), no Rita Vieira, a gata Alaska é uma das que está na lista de procuradas.  Mansa e de pelagem cinza, a pet tem uma hérnia de disco na barriga e está sem identificação. A recompensa para quem encontrá-la é de R$ 1.500. O telefone de contato é o (67) 98176-5897. Falar com Flávio.

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