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Capital

Pai de acusado de matar Graziela diz acreditar que vítima esteja escondida

Na voz do pai, Rômulo foi descrito como um homem trabalhador e responsável

Clayton Neves e Bruna Marques | 11/02/2022 13:18
Rômulo está sendo julgado desde o início da manhã desta sexta-feira (11). (Foto: Marcos Maluf)
Rômulo está sendo julgado desde o início da manhã desta sexta-feira (11). (Foto: Marcos Maluf)

Durante rápido depoimento no julgamento do filho, Messias Carneiro Dias, pai de Rômulo Rodrigues Dias, disse acreditar que Graziela Pinheiro Rubiano esteja viva e escondida, ao contrário do que apontam evidências apresentadas pelo Ministério Público, que indicam que a mulher foi morta e teve o corpo escondido pelo ex-marido.

“Tenho certeza que ela está escondida, acho que se eu ver ela, nem a reconheço”, disse Messias ao responder sobre a quantidade de vezes que teve contato com a ex-mulher de Rômulo. Ele não soube dar impressões concretas de como era o relacionamento de Graziela e do filho, justamente por ter a visto poucas vezes. “Não cheguei a acompanhar de perto. Fui na casa deles uma vez”, relatou.

Apesar disso, com o depoimento de Messias, a defesa insistiu na tese de que Graziela vivia fugindo por ter ligação com a morte do ex-marido. “Ouvi dizer que ela andava se escondendo. Sabia desse movimento”, disse o pai do réu.

Na voz do pai, Rômulo foi descrito como um homem trabalhador e responsável. “Nunca vi nenhuma mulher reclamando dele. Até a ex disse que se precisasse, viria depor a favor”, completou.

Antes do pai, o acusado também prestou depoimento e respondeu apenas às perguntas da defesa. Ele negou que tivesse um relacionamento conturbado com Graziela.

Entenda - Rômulo está sendo julgado nesta sexta-feira pelo crime de feminicídio, ocorrido em abril de 2020, em Campo Grande. Ele é acusado de matar a esposa depois de descobrir uma traição e esconder o corpo, que nunca foi encontrado pela polícia.

Rômulo está preso desde a época dos fatos e nega o crime. No entanto, durante a investigação, a polícia encontrou mancha de sangue da vítima no carro usado por ele, atestada como compatível com o DNA de Grazi, a partir de amostra de sangue da filha dela. Na casa onde viviam, foi detectado vestígio de sangue, mas como o lugar foi lavado, não foi possível identificar de quem era o material genético.

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