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Capital

Pai e madrasta dão versões diferentes sobre menina alcoolizada e são soltos

Mulher pagou fiança de R$ 1.412,00 e homem foi liberado após audiência de custódia nesta segunda-feira

Por Ana Paula Chuva | 15/07/2024 12:47
Estátua da deusa Themis em frente ao Fórum de Campo Grande (Foto: Alex Machado | Arquivo)
Estátua da deusa Themis em frente ao Fórum de Campo Grande (Foto: Alex Machado | Arquivo)

Em depoimento sobre a adolescente de 15 anos alcoolizada, pai e madrasta da menina deram versões diferentes sobre o que teria acontecido o sábado (13), antes dela dar entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). No entanto, os dois foram soltos. A mulher pagou fiança de R$ 1.412,00 ainda na delegacia e o homem passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (15).

À polícia, o pai contou que a menina chegou em casa acompanhada por três colegas, que ele não conhecia, elas conversaram com a sua esposa e foram para o quarto. Minutos depois, a filha mais velha do homem foi até ele e avisou que a adolescente estava passando mal. Ele então alega que foi até o local e a garota estava desmaiada.

Em seguida, ele relata que levou a menina par ao posto de saúde, onde chegou buzinando por estar desesperado, e ao perguntarem o nome e idade da filha ele não conseguiu responder porque “deu branco”, já que ela nunca morou com ele.

Depois que a adolescente foi atendida, equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana) chegou e ele recebeu voz de prisão. Ele ainda afirma que foi agredido pelos agentes e nega que tenha desacatado ou batido em qualquer servidor público. O homem ainda disse que não ingeriu bebida alcoólica naquele dia e que não chegou nenhum policial de corrupto.

Ele passou por audiência de custódia na manhã de hoje e teve a liberdade provisória concedida pelo juiz Eduardo Siravegna Junior que determinou ainda o comparecimento em juízo a cada dois meses, sendo o primeiro daqui a dez dias.

"Dor de dente" -  Já na versão da mulher, ela estava em casa com o marido quando a menina chegou pedindo ajuda por estar com dor de dente.  A madrasta então lhe deu um analgésico e depois de um tempo a garota alegou que estava com dor de cabeça, por isso, decidiram levá-la ao posto de saúde e quando chegaram na unidade a menina estava inconsciente.

À delegada Joilce Ramos, a mulher afirmou ainda que na unidade de saúde a família não recebeu atenção e, por isso, o marido ficou desesperado. Sobre o que aconteceu depois, ela preferiu ficar em silencio e teve a fiança arbitrada ainda na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Ela foi solta após o pagamento, mas deve comparecer sempre que for intimada para atos do inquérito policial e da instrução criminal e não pode mudar de casa ou sair da cidade sem comunicar as autoridades.

Em texto enviado ao Campo Grande News, a mulher afirmou que ela e o marido são inocentes e que ficaram surpresos e revoltados com as acusações. Além disso, ela relatou que não teve acesso ao boletim de ocorrência e que não havia nenhuma prova para justificar a prisão em flagrante.

"Fomos presos no atendimento da filha dele, a pretexto de supostamente ela ter afirmado que tínhamos lhe oferecido bebidas. Nossas eventuais expressões de indignação decorreram de termos nos surpreendido e nos revoltado com a gravidade das acusações que seguiram ao atendimento na UPA", declarou a mulher.

O pai da menina tem passagens por ameaça, resistência, contravenções penais, difamação, maus-tratos e desacato. Já para a madrasta não foram encontrados registros criminais.

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