Para desarticular PCC, 38 presos são transferidos da Segurança Máxima
Internos do Presídio de Segurança Máxima, suspeitos de envolvimento na facção criminosa que agia dentro e fora dos presídios de Mato Grosso do Sul, já começaram a ser transferidos de Campo Grande, para outras cidades.
Três ônibus fazem o transporte dos 38 presos. O primeiro saiu do Complexo Penitenciário às 9h, com destino ao presídio Harry Amorim Costa em Dourados.
Outros dois ônibus já estão no presídio. Um do lado de dentro, aguardando os internos que serão transferidos na próxima leva. O outro, espera estacionado do lado de fora. Todos passam por revistas, antes da transferência.
Segundo informações do Ministério Público Estadual, os investigados movimentaram R$ 1,5 milhão em seis meses, apesar da maioria estar dentro dos presídios de Campo Grande. Para isso, utilizaram contas de "laranjas".
As movimentações bancárias correspondem ao período de novembro de 2012 a abril deste ano. Todas as contas já foram bloqueadas a pedido do MPE.
Porém, outras contas bancárias eram utilizadas diretamento pelos integrantes e um novo valor de movimentação pode ser apresentado hoje à tarde, durante coletiva de imprensa, na Procuradoria-Geral de Justiça.
Até agora, quatro pessoas foram presas na Operação “Blackout”, deflagrada na manhã de hoje. Três dos presos estão na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), do bairro Piratininga. Entra elas, a advogada, Daniela Dall Bello Rondão, que foi presa na casa dela, no bairro Itanhangá Park, área nobre de Campo Grande.
O Campo Grande News apurou que a advogada é formada há seis meses, pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e tinha ligações diretas com integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) decobertas graças a interceptações telefônicas.
A quarta pessoa foi presa no Jardim Montevidéu. O homem, conhecido como Mussum, foi encaminhado para a Depac do Centro.