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Capital

Para população, lazer não é aglomeração e fiscalização pode ser abusiva

A partir de sexta-feira, locais que costumam ter bastante ajuntamento de pessoas serão alvo de fiscalização

Lucia Morel e Liniker Ribeiro | 29/04/2020 19:11
A partir de sexta-feira, sefundo prefeitura, aglomerações serão fiscalizadas com mais rigor. (Foto: Henrique Kawaminam)
A partir de sexta-feira, sefundo prefeitura, aglomerações serão fiscalizadas com mais rigor. (Foto: Henrique Kawaminam)

Coibir aglomerações será mais uma função da Guarda Municipal durante a pandemia do novo coronavírus. A partir de sexta-feira, locais que costumam ter bastante ajuntamento de pessoas para atividades de esporte e lazer serão alvo de fiscalização.

Mas para muitos dos que frequentam esses espaços, a ação pode ser vista como abusiva e defendem que lazer é preciso, além de que, por ser ao ar livre, tais áreas não seriam de risco para infecção por covid-19.

No mirante do Aeroporto Internacional de Campo Grande, na avenida Duque de Caxias, as atividades é geralmente intensa, mas diminuiu após a pandemia. Para o confeiteiro Eduardo Maxsoel Barreto, de 22 anos, “tudo tem um limite” e a possível proibição em estar no local é vista como abusiva. “Se eu estivesse aqui durante a fiscalização, não poderia ficar ? Olha eu acho que tudo tem limite”, avalia.

Eduardo avalia que "tudo tem limite", ao crer que fiscalização possa ser abusiva. (Foto: Henrique Kawaminam)
Eduardo avalia que "tudo tem limite", ao crer que fiscalização possa ser abusiva. (Foto: Henrique Kawaminam)

Para ele, desde que respeitadas algumas regras básicas, não há risco nem desrespeito à proteção. “Acredito que acima de 5 pessoas seria aglomeração. Concordo também que em certos horários, trechos ficam lotados, mas tudo depende da finalidade”, diz.

O confeiteiro afirma que “lazer é preciso, que é diferente de recreação, que aí já é um número maior de pessoas que se juntam para beber, fumar, isso sim é errado”, comentou. Ele estava no local soltando pipa, enquanto um amigo, Rafael Mengoal, 30 anos, fotógrafo, estava sentado.

Segundo Rafael, a fiscalização é necessária, porque ali no mirante, “em certos pontos e horários, tem aglomeração mesmo, com fluxo de pessoas maior”, constata.

Para ele, caso fosse abordado pela Guarda Municipal e orientado a voltar pra casa, não haveria problema. “Acho que essa fiscalização pode até servir para que as pessoas tenham mais conhecimento e orientação”, diz.

Éder foi até canteiro da avenida Duque de Caxias com os três filhos. (Foto: Henrique Kawaminam)
Éder foi até canteiro da avenida Duque de Caxias com os três filhos. (Foto: Henrique Kawaminam)

Por fim, o agente penitenciário Éder William Ador, de 38 anos, que estava no local com os três filhos de 15, 7 e 2 anos de idade, defende que a fiscalização aumente caso os casos de covid-19 também estejam aumentando, mas avalia que em Campo Grande, a situação está controlada.

“Nesse momento seria melhor o isolamento do grupo de risco. Não vejo problema nenhum em estar com família aqui, desde que o distanciamento entre as pessoas seja respeitado”.

Éder avalia ainda que as crianças em casa ficam muito agitadas e estressadas e que não é “quebrar a quarentena” ter um momento de lazer.

O índice de isolamento da Capital, segundo dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), era de 42,1% ontem, quando o índice semanal foi divulgado. O percentual está abaixo do aceitável, que seria de pelo menos 55%, segundo autoridades de saúde. Ou seja, pouco mais da metade da população dentro de casa.

De acordo com a Guarda Municipal, a fiscalização e denúncias podem ser feitas pelo número 153. A ligação é gratuita e está disponível 24 horas por dia. As medidas também continuarão durante o toque de recolher, que está em vigor até 10 de maio.

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